O professor Filipe Borges Barbosa, de 30 anos, natural de Campo Belo do Sul, na Serra Catarinense, foi o único catarinense selecionado para a Escola CERN 2025, um curso promovido pelo Centro Europeu de Pesquisas Nucleares, localizado na fronteira entre Suíça e França.

Continua depois da publicidade

O CERN (sigla para Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire) abriga o maior e mais poderoso acelerador de partículas do planeta, o Grande Colisor de Hádrons (LHC). É nesse centro de referência mundial em física de partículas que o professor vai viver uma experiência inédita na carreira.

A formação será realizada entre os dias 28 de agosto e 7 de setembro e contará com a participação de apenas 19 professores brasileiros. Docente de matemática na Escola Municipal Fausta Rath, em Lages, Filipe visitará o Laboratório Internacional de Partículas (LIP), em Lisboa, antes de seguir para Genebra e Berna, onde ocorrerá a imersão científica no CERN.

O curso tem como objetivo capacitar professores para que possam tornar acessíveis, em sala de aula, conteúdos relacionados à física de partículas, área de estudo que busca entender os componentes fundamentais da matéria e os mistérios do universo.

Filipe é oriundo da rede pública de ensino e, atualmente, é membro da Sociedade Brasileira de Física (SBF) e mestrando na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Tem quatro graduações: Engenharia Ambiental, Educação Física, Física e Matemática. E também dá aula na rede estadual.

Continua depois da publicidade

Veja fotos

A escolha pela carreira, segundo ele, foi estimulada ainda na juventude. “Quando algumas professoras souberam que eu gostava de matemática, se esforçaram para que eu seguisse essa carreira. Felizmente, acabei gostando ainda mais quando saí da faculdade. Hoje me sinto realizado em relação a esta profissão”, contou.

Sobre a expectativa para a viagem, o professor resume: “A cada dia que passa, fico mais ansioso, mas no final tudo vai ser compensado pelo conhecimento que eu adquirir”.

A etapa em Portugal terá apoio da Prefeitura de Lages, por meio da Secretaria Municipal da Educação, com ajuda de custo para hospedagem e alimentação. Já a participação no CERN é viabilizada por instituições como a Rede Nacional de Física de Altas Energias (Renafe) e o São Paulo Research and Analysis Center (SPRACE), da Unesp.

Continua depois da publicidade

Leia também

Revelação da natação, jovem lageano é convocado para a Seleção Brasileira Juvenil

Conheça Moana, a pitbull terapeuta que transforma ambiente hospitalar em SC