O primeiro dia de julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros sete réus por tentativa de golpe de Estado aconteceu durante essa terça-feira (2), no Supremo Tribunal Federal, sem a presença do político, que está em prisão domiciliar, no local. De acordo com o advogado Celso Vilardi, Bolsonaro ainda não deve comparecer no segundo dia de julgamento, quando a defesa deve apresentar sua sustentação oral. As informações são do O Globo.

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A declaração foi concedida nesta terça-feira (2), depois do fim da primeira sessão de julgamento, suspensa às 17h50min. Vilardi não descartou, no entanto, que Bolsonaro compareça nas demais sessões, previstas para a próxima semana, se apresentar melhora em seu quadro de soluços e mal-estar gástrico.

Vilardi deve argumentar junto ao advogado Paulo Cunha Bueno, que explicou o motivo de o ex-presidente não estar presente nessas duas primeiras sessões.

— Por enquanto, o presidente não virá. Ele tem uma saúde debilitada, é bastante extenuante uma sessão aqui. A saúde dele hoje não permite. É uma orientação — afirmou Bueno.

O advogado também disse que ele e Vilardi acreditam que a denúncia é “fadada à improcedência […] seguindo uma linha estritamente jurídica”. Para a defesa, as acusações são “uma narrativa” da Procuradoria-Geral da República (PGR).

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Vilardi afirmou, ainda, que a primeira sessão do julgamento “foi como todo o mundo esperava”, e que deve  “responder ponto a ponto o que foi dito” pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet.

Primeira sessão de julgamento

A primeira sessão teve início às 9h e contou com a abertura de Alexandre de Moraes, relator do processo, e com as acusações de Paulo Gonet, procurador-geral da República. A sessão foi suspensa às 17h50min e terá continuidade nesta quarta-feira (3), às 9h.

O julgamento irá acontecer ao longo de duas semanas, sendo a primeira sessão nesta terça, e depois nos dias 3, 9, 10 e 12 de setembro.

Os oito réus integram o núcleo 1, que reúne aqueles que são considerados os principais integrantes da suposta organização criminosa denunciada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). A PGR acusa Bolsonaro de ser o “principal articulador, maior beneficiário e autor” das ações voltadas à ruptura do Estado Democrático de Direito, que tinham como objetivo manter ele no poder mesmo depois da derrota nas urnas. Outros sete integrantes do núcleo 1, também chamado de núcleo crucial da trama golpista, serão julgados.

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Quem são os réus

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