Santa Catarina está entre as 10 unidades federativas brasileiras com o maior número de idosos em situação de rua, segundo dados do Atlas da Violência divulgados nesta segunda-feira (12) e analisados pela reportagem do NSC Total. Na lista, o Estado catarinense divide espaço com São Paulo e Rio de Janeiro, e está na 10ª colocação, com 673 pessoas com mais de 60 anos nessas circunstâncias.
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O primeiro colocado é São Paulo, que tem 13.713 idosos em situação de rua. Logo em seguida vem o Rio de Janeiro, com 4.850. O terceiro colocado é Minas Gerais, com um número um pouco mais baixo, 2.185.
Veja o ranking:
- São Paulo: 13.713
- Rio de Janeiro: 4.850
- Minas Gerais: 2.185
- Roraima: 1.195
- Rio Grande do Sul: 1.084
- Paraná: 958
- Bahia: 940
- Ceará: 907
- Pará: 694
- Santa Catarina: 673
Em todos os estados, os homens em situação de rua são maioria. Em Santa Catarina, são 603 idosos e 70 idosas, conforme o Atlas. Analisando somente o número de homens com mais de 60 anos em situação de rua, o Estado sobe para o 8º lugar no ranking, ficando à frente do Distrito Federal (DF) (581 homens ) e Pará (504 homens).
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Veja a lista completa

SP concentra 44,59% dos idosos em situação de rua do país
No Brasil, são 30.751 pessoas idosas cadastradas na rede de proteção social que estão em situação de rua, sendo que 77,8% são homens e 66,3% são negros.
A grande maioria, 44,6%, vive no estado de São Paulo. Dentre as unidades da federação brasileiras, a maior proporção de negros idosos é encontrada em São Paulo (8.522), dos quais 5.943 são homens e 2.579 são mulheres.
Cadastro estadual de população de rua pode virar lei em SC
Em abril, representantes da Federação Catarinense de Municípios (Fecam) e prefeitos de Florianópolis, Joinville, Blumenau e Itajaí se reuniram para debater o atendimento das pessoas em situação de rua em Santa Catarina. No encontro, o prefeito da Capital, Topázio Neto (PSD), propôs o Cadastro Estadual da Pessoa em Situação de Rua, desenvolvido pela Fundação de Estudos e Pesquisas Socioeconômicos (Fepese).
A proposta deve ser transformada em um Projeto de Lei (PL), que será encaminhado para discussão na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc).
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O sistema proposto por Topázio, presidente da Fecam, será alimentado por equipes de abordagem social, guardas municipais, assistentes sociais e forças de segurança.
Como funciona a ferramenta
A ferramenta funcionará como um prontuário digital que reúne informações como registro facial, geolocalização, histórico de saúde, antecedentes criminais e número de abordagens. Esse banco de dados será acessível a serviços de assistência social, albergues, restaurantes populares, clínicas e hospitais.
Com o apoio do governo do Estado, a proposta será transformada em um PL que será encaminhado para discussão na Alesc. O objetivo, segundo os presentes, é “estabelecer uma política integrada entre os municípios para garantir mais dignidade e oportunidades às pessoas em situação de vulnerabilidade”.
O NSC Total contatou a Fecam para descobrir em que pé está a proposta, mas não obteve retorno até a publicação da matéria.
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Restaurante Popular segue fechado
O primeiro e único Restaurante Popular de Florianópolis, que fica na Mauro Ramos, rua movimentada do Centro da Capital, segue fechado desde o dia 22 de fevereiro. O estabelecimento oferecia café da manhã, almoço e jantar para pessoas em vulnerabilidade social, e tinha capacidade para produzir até 2 mil refeições por dia.
O anúncio do fechamento foi feito pelo município no início do mês de fevereiro. Segundo a Secretaria Municipal de Assistência Social, os atendimentos devem ser retomados em até 90 dias, no dia 22 de maio, em teoria. Pessoas em situação de rua que eram atendidas no local são instruídas a se alimentar na Passarela da Cidadania, também no Centro da cidade.
O que levou ao fechamento do Restaurante Popular de Florianópolis após dois anos
“Não há intenção de mudar de local, apenas realizar alterações para atender com maior segurança o público prioritário, trabalhadores e famílias em vulnerabilidade social”, informou o município na época.
*Sob supervisão de Andréa da Luz
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