A crescente atividade sísmica no Campi Flegrei, um supervulcão localizado em Nápoles, na Itália, está gerando preocupações entre especialistas e moradores. As últimas “megaerupções” no local ocorreram há 40 mil e 15 mil anos, e foram capazes de distorcer o clima de todo o planeta. O Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia da Itália (INGV) alertou para a intensificação da atividade sísmica desde o ano passado, sendo que apenas neste ano, o Campi Flegrei registrou mais de 3 mil terremotos.

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O Campi Flegrei, conhecido pelos geólogos como um supervulcão devido à sua capacidade de erupções enormes, é uma planície à primeira vista despretensiosa, mas que abaixo das pedras e da vegetação é composta por crateras e caldeiras vulcânicas. A região, densamente habitada pelos municípios de Bacoli, Monte di Procida, Possuoli, Quarto, Giugliano em Campânia e Nápoles, foi designada como “zona vermelha” pela agência de proteção italiana, indicando um alto risco de erupção.

A preocupação é agravada pela proximidade do Campi Flegrei com o Vesúvio, o vulcão mais famoso do país, que destruiu Pompéia e Herculano em 79 d.C. A possibilidade de uma erupção vulcânica na Itália é alimentada pelo fenômeno do bradissismo, caracterizado pelo lento movimento de subida e descida do solo. O solo está atualmente subindo aproximadamente 1,5 cm por mês, gerando preocupações com a estabilidade das edificações. O governo italiano já chegou a considerar um plano de evacuação em massa para mais de 500 mil pessoas na área.

Apesar de o governo italiano ressaltar que o aumento na atividade sísmica não garante uma erupção iminente, a situação está sendo monitorada de perto. A prioridade é proteger a população e garantir a prontidão para evacuar a área em eventualidades, enquanto especialistas continuam a monitorar e analisar a evolução da situação no Campi Flegrei.

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Veja fotos da região do supervulcão Campi Flegrei

*Sob supervisão de Andréa da Luz

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