O pedido de demissão do delegado Akira Sato do comando da Polícia Civil de Santa Catarina agitou os bastidores da segurança pública justamente pelo que teria causado a saída do recém-empossado delegado-geral: uma suposta interferência do governo do Estado nos trabalhos da corporação. Akira assumiu a função em 17 de setembro, e com isso ficou 14 dias no cargo.

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As informações de diferentes fontes dão conta de que investigações da Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) teriam sido o alvo de representantes do governo para que fossem reduzidas. Por conta disso, Akira demonstrou descontentamento com o pedido e assinou a demissão. O governo, por outro lado, credita a saída a motivos de “foro íntimo”.

No seu lugar, foi cotado inicialmente Marcos Ghizoni Jr., que já ocupou a função. Mas o nome não foi confirmado. A tendência é que o escolhido seja Rafaelo Ross. O delegado atua em Joinville, mas a possível indicação dele causou rejeição nos policiais civis.

Um dos fatos para esse sentimento é que ele responde a uma investigação do Ministério Público (MP-SC) quando era delegado regional em Mafra e chegou a ser afastado preventivamente da função por decisão judicial. Na apuração em que é réu, ele nega envolvimento nos fatos.

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Despedida e Diário Oficial

Em mensagem enviada no grupo do WhatsApp do colegiado do governo Carlos Moisés da Silva, o delegado Akira se despediu dos colegas. Ele escreveu: “Pessoal, despeço-me do grupo, desejando sucesso e torcendo por todos para uma Santa Catarina cada dia melhor. Fiquem com Deus e desde já peço desculpas por qualquer ato. Um grande abraço e continuem contando comigo nas fileiras”. A coluna o procurou para ouvi-lo sobre a saída, mas ele preferiu não se manifestar nesse momento.

No Diário Oficial desta sexta-feira (1º), que traria a exoneração do delegado, nada consta sobre a mudança. Com isso, oficialmente, ele segue no cargo até que a publicação seja efetivada ou o governo anuncie um substituto.

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