Os dados da pesquisa Datafolha por região, divulgados nesta sexta-feira (24), trazem o ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL) tecnicamente empatados na região Sul. Bolsonaro está com 28%, e Lula com 31%. O cenário é diferente da pesquisa do mês de maio, quando a intenção de voto de Lula alcançou 11 pontos de diferença em relação a Bolsonaro.
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Agora, a intenção de voto do atual presidente cresceu 3%, enquanto a de Lula registrou uma redução de 5%. Os dois movimentos, para cima e para baixo, estão dentro da margem de erro que, na região, é de 5,2%.
O cientista político e social Julian Borba, professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), avalia que, justamente por estar dentro da margem de erro, o sobe-desce não indica uma mudança de tendência – mas confirma estabilidade nas duas pré-candidaturas. Nem Bolsonaro conseguiu engajar novos eleitores de forma expressiva na região Sul, que já foi um dos seus principais redutos de apoio, nem Lula conseguiu ganhar vantagem no período.
Vale lembrar que foram semanas particularmente delicadas para o governo federal, com a repercussão internacional da morte do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips, e com o escândalo de corrupção no MEC.
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Está claro, no entanto que a economia será o fator chave no voto brasileiro em 2022. Bolsonaro poderia ter sentido desgaste da nova alta dos combustíveis, mas é provável que tenha conseguido neutralizar eventuais perdas com os movimentos para tentar represar a crise até o ano que vem – um sinal de que o eleitorado está consolidado na região. Por outro lado, a economia é também o que traz vantagem a Lula na busca por novos eleitores.
Outro fator que diferencia os dois e pode interferir na intenção de voto, na avaliação de Julian Borba, é a definição de palanques locais na região Sul. A centro-esquerda segue em fase de ajustes para montagem de chapas tanto em Santa Catarina como no Rio Grande do Sul. O cenário está mais consolidado no bolsonarismo, que prevê a pulverização de palanques.
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