O empresário Ricardo Faria, fundador e líder do conglomerado do agro que inclui a Granja Faria – maior produtora nacional de ovos -, a Global Egg, a empresa Insolo e outros negócios, destacou na palestra a empresários na Associação Empresarial de Criciúma (Acic), quinta-feira (20), que o grupo acaba de adquirir duas fazendas por quase R$ 200 milhões e vai expandir a produção de grãos. A Insolo vai plantar 300 mil hectares este ano, 30% mais na comparação com os 230 mil cultivados em 2024. A receita dessa empresa de grãos no ano passado somou R$ 2 bilhões.
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Segundo ele, no começo deste mês de março, a Terrus (empresa controladora da Insolo) e a gaúcha SLC adquiriram a Sierentz Agro do empresário francês Peter Dreyfus, sócio do Grupo Dreyfus. A parte da Terrus são duas fazendas que somam 33 mil hectares, um investimento de R$ 191,2 milhões. Além disso, a Terrus adquiriu outras áreas. Por isso, a Insolo vai plantar 200 mil hectares na primeira safra e 100 mil hectares na safrinha (segunda safra) este ano Os principais produtos são soja e milho. As propriedades da Terrus e Insolo ficam nos estados do Piauí, Maranhão, Pará, Tocantins e Bahia.
Veja fotos sobre a participação de Ricardo Faria no evento em Criciúma e de dia de campo da Insolo:
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“Balneário Camboriú é agro” diz bilionário
– Para quem é do agro, conhece o agro, sabe o que são 300 mil hectares de terra. Eu brinco que toda vez que o Brasil balança, o agro acaba salvando. As pessoas pensam que o agro é pura e simplesmente plantar, colher e comercializar. Estão muito enganadas – explica Ricardo Faria, que destaca mais peculiaridades da abrangência do setor.
– Quando a gente olha, por exemplo, para Balneário Camboriú. O que é Balneário Camboriú? É um ponto de encontro da agricultura brasileira no período de 15 de dezembro a 30 de janeiro – destaca ele.
Dono da maior empresa produtora de ovos do país estima quando preços vão cair
Além de BC, Ricardo Faria afirma que os grandes avanços econômicos e de crescimento de cidades como Cuiabá e Goiânia estão ligados ao agro. Essas regiões não eram desenvolvidas assim há 20 anos. Hoje crescem com comércio forte e serviços em função da força do agronegócio que atua no Brasil e exterior.
Alerta sobre tarifas de Trump
Além de falar sobre seus negócios e trajetória, na palestra Ricardo Faria também alertou sobre mudanças no mercado global do agro em função das tarifas de Donald Trump.
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– O prêmio de exportação de carne do Brasil para o mundo nunca esteve tão alto. E hoje foi anunciado na parte da tarde o fechamento de 390 frigoríficos americanos que exportavam para a China. Então, nesse cenário, o Brasil tem um grande potencial para se beneficiar por conta de uma relevante melhoria na relação de troca – destacou o empresário.
Para ele, a diplomacia brasileira deve trabalhar para o país poder fazer negócios com todos os mercados, isso inclui Estados Unidos, Europa e a China. Disse que as economias do Brasil e Estados Unidos são semelhantes no agro e que o Brasil tem uma interdependência natural com a China.
No evento, o empresário evitou falar sobre negócios nos Estados Unidos. Segundo a mídia brasileira, ele esta fazendo tratativas para adquirir uma empresa produtora de ovos no país e também aguardando a entrada da holdign Global Egg em bolsa de valores americana.
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