Mais uma vez, em eleição presidencial a economia foi decisiva. Os argentinos, entre um governo que deixou a inflação chegar a 142,7% em 12 meses e a alternativa de um novo presidente com promessas duvidosas, a escolha foi pela segunda opção. O vencedor Javier Milei amenizou o discurso e, agora, a expectativa é sobre a equipe que vai escolher para arrumar a economia às pressas.
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Isso porque além da inflação descontrolada, o país tem 40% da população na pobreza, enfrenta déficit de 2,5% nas contas públicas e deve fechar o ano com recessão de 3%. Pela falta de dólares, a Argentina enfrenta desequilíbrio no balanço de pagamentos e não tem mais recursos suficientes para importações, por isso falta combustível e outros produtos.
Economista de 53 anos, Milei entrou na campanha com promessas que vão contra a normalidade econômica mundial, como acabar com o Banco Central e dolarizar totalmente a economia. Mas especialistas avaliam que isso seria praticamente impossível pela importância de moeda local e falta de divisas para essa dolarização total.
A expectativa é de que o novo governo, que assume dia 10 de dezembro, tenha equipe com profissionais sensatos para tomar medidas urgentes para buscar a normalidade econômica. Se não, existe o risco de o governo cair antes do final dos próximos quatro anos.
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O que falta para os políticos argentinos é parar de tentar reinventar a roda e adotar as medidas que a maioria dos países segue para ter equilíbrio econômico e, portanto, previsibilidade de crescimento. É o famoso tripé macroeconômico: superávit primário, câmbio flutuante e metas de inflação.
Para Santa Catarina, o desempenho da economia da Argentina é importante porque o país é o terceiro parceiro comercial do Estado e, também importante na área de serviços. Os argentinos lideram o fluxo de turistas estrangeiros no Estado.
O governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, cumprimentou Milei pela vitória e desejou grande gestão, com prática dos valores de liberdade econômica. Se a Argentina adotasse a gestão que é padrão de países com equilíbrio econômico, a atividade cresceria, com impactos positivos para o país e seus parceiros, incluindo Santa Catarina.
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