A Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) fez um levantamento sobre os setores que podem ser mais impactados pela tarifa de 50% de Donald Trump e também está colaborando com o governo federal, junto com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) para as negociações com os EUA. O presidente da federação, Mario Cezar de Aguiar, participou de reunião em Brasília nesta segunda-feira e participa também nesta quarta de reunião com o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e com a Secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Prazeres, para tratar de tarifas.

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O industrial, em Brasília, se reúne com a CNI para alinhar a participação da entidade no grupo de trabalho que está sendo criado pelo governo federal para debater o tema.

A presidente da Câmara de Comércio Exterior da Fiesc, Maria Teresa Bustamante, informou exportadores de SC, em Florianópolis sobre o que se sabe das medidas e apresentou uma lista de setores mais impactados.  

O levantamento feito pela Fiesc apurou que os setores que mais exportaram aos EUA em 2024 e, por isso, podem ser mais afetados. No topo estão madeira e produtos de madeira, que responderam por 37,3% das exportações ao mercado americano, na sequência estão veículos e autopeças com 14,8% do total, equipamentos elétricos (13,3%), máquinas e equipamentos (6,8%) e móveis de madeira (6,7%).

Entre as informações que já se sabe, Bustamante destacou que para as tarifas entrarem em vigor, faltam as publicações oficiais do Departamento do Comércio dos EUA e da Aduana norte-americana.

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Setores que estão sob investigação pela seção 232, como madeiras, derivados, aeronaves, materiais críticos, motores e autopeças terão o atual nível de tarifas até o fim da investigação.

O aço segue com 50%, tarifa que já está em vigor. E o mesmo vale para automóveis e peças que já têm tarifa de 25%. Produtos farmacêuticos serão taxados em 200%, filmes em 100%, semicondutores em 25% e cobre em 50%.

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