Em mais uma medida dento do programa ‘desTarifaço’ para ajudar setores exportadores de Santa Catarina a enfrentar a taxação de 50% nas vendas aos Estados Unidos, a Federação das Indústrias do Estado (Fiesc), propõe ao setor portuário de SC reduzir tarifas na movimentação de cargas para exportação. A entidade enviou ofício solicitando apoio aos superintendentes do Porto de Itajaí e da Portonave, por onde são movimentadas mais cargas de madeiras e derivados, produtos mais exportados aos EUA.
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– O chamado “tarifaço” tem exigido redução substancial dos preços de vendas e renegociação com os clientes com o objetivo de manter este mercado, que é estratégico, e que foi conquistado e consolidado com muito esforço ao longo de anos. A situação exige um esforço conjunto em todas as instâncias relacionadas ao tema para mitigar os efeitos negativos para o país e para Santa Catarina – destaca o presidente da Fiesc, Gilberto Seleme.
A entidade chama a atenção para o setor de madeira e derivados, o mais afetado, que soma montante relevante de faturamento das exportações do estado. Em 2024, esse setor vendeu no exterior US$ 1,6 bilhão, tem uma cadeia produtiva de 6 mil empresas que empregam mais de 70 mil pessoas em SC. Os EUA são o principal destino de madeiras e móveis, absorvendo cerca de 50% das exportações do setor.
O esforço da federação com essa sugestão visa dar um fôlego maior para empresas exportadoras, em especial desse setor de madeira e móveis. Segundo a entidade, incentivos como descontos temporários nas taxas de vistoria de container (scanner) e ampliação do prazo de “free time” podem dar um alívio para exportadores manterem seus preços competitivos no mercado internacional.
A Fiesc sugere também contribuições dos terminais para identificar medidas relacionadas aos órgãos auxiliares e intervenientes do comércio exterior que permitam a redução dos custos das operações.
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Além do setor de madeiras e móveis, a entidade observa que outros setores afetados pelo tarifaço também necessitam de apoio nessa fase de crise. Nos argumentos para ajudar a cadeia produtiva da madeira e móveis, a entidade citou que esse setor foi o primeiro a demitir em função da restrição imposta pela taxa de 50% dos Estados Unidos. Foram empresas desses setores também que citaram a necessidade de ajuda desses portos inicialmente. Se houver demanda de outros setores ou mesmo desse setor para outros portos, a Fiesc informa que vai se mobilizar para atender os novos pleitos.
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