Entre os dados sobre educação do Censo 2022 divulgados pelo IBGE, um destaque em Santa Catarina é o avanço das mulheres na conquista do diploma em medicina. Dos profissionais graduados até 29 anos, as mulheres eram 60,2% e os homens, 39,8%. Mas se forem considerados todos os médicos em atuação no estado em 2022, quase 20 mil (19.952), os homens ainda tinham uma pequena maioria: eram 50,1% e as mulheres 49,9%.

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O avanço das mulheres na medicina, uma das carreiras mais respeitadas e que melhor remuneram no país e no mundo, acontece em todo o Brasil e está se acelerando. Um dos motivos é que as mulheres estão estudando mais do que os homens. Outra razão é que foram lançados programas nacionais de inclusão como cotas e o Prouni para dar acesso a pessoas de menor renda.

Em Santa Catarina, essa tendência deve se acelerar ainda mais com o programa Universidade Gratuita, que facilita ingressar nesse curso que é o mais caro da rede de universidades privadas.

Entre as jovens catarinenses que amam estudar e decidiram abraçar a carreira de medicina está Samantha Batista (19 anos). Ela cursa o segundo ano medicina na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

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–  Escolhi medicina porque eu sempre gostei muito de estudar, mas eu sempre gostei de usar o conhecimento e a disciplina de estudar constantemente para impactar a vida de uma pessoa. Eu não queria só manter conhecimento na teoria. Eu acabei indo para a medicina por isso e, também, porque é um curso desafiador, você tem que ter a disciplina ali, estudar praticamente todo dia. Eu percebi que era exatamente o que eu gostaria de fazer, eu queria ter essa rotina de estudar e ao mesmo tempo ter a gratificação de conseguir impactar a vida de uma pessoa com o cuidado mesmo, que é a questão da saúde como um todo – explicou Samantha Batista.   

Ela disse que ainda não decidiu qual será a especialidade que vai abraçar, mas destacou que na medicina existem dois caminhos. Ou o profissional vai para a área clínica, que é mais de consultório, ou para a cirúrgica. Ela decidiu que vai para a cirúrgica. Em função disso, além de práticas ensinadas em aulas, ela aproveita as oportunidades para acompanhar atendimentos e fazer estágios para ampliar conhecimento e experiência.

– Vejo que cada vez mais mulheres estão entrando na área cirúrgica. Acredito que não é o gênero que vai definir se o profissional é bom ou não. A dedicação e o talento estão em primeiro lugar – comentou.

Saiba qual profissão prova que mulheres entendem cada vez mais de números

A jovem estudante revelou também estar encantada com a qualidade dos professores do curso na UFSC porque eles têm muito conhecimento prático e são referências nas suas especialidades. Questionada sobre que conselho daria para mulheres que estão cursando medicina ou vão seguir essa carreira, ela recomendou buscar capacidade técnica e social, estudar muito, sempre tentar melhorar para conseguir solucionar os problemas de saúde dos pacientes da maneira mais efetiva.

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