Conhecida mundialmente como um dos “Tigres Asiáticos”, a Coreia do Sul é referência como país que deu um salto no desenvolvimento econômico a partir dos anos de 1960. Foi para conhecer o momento presente dessa dinâmica economia que grupo de líderes da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) fez uma visita encerrada domingo e agora segue por Cingapura, que ao lado de Hong Kong e Taiwan, forma o quarteto dos Tigres Asiáticos que despontaram no mundo até 1990.
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SC tem dois pontos em comum com a Coreia do Sul: área territorial parecida – 100.339 quilômetros quadrados da nação asiática e 95.346 quilômetros do Estado –, e economia diversificada, forte na indústria. As populações já indicam diferenças gigantes: a Coreia tem 51,5 milhões de habitantes e SC, 7,1 milhões, enquanto o Brasil tem mais de 200 milhões.
Esse dado populacional mostra que a disputa na economia é com o Brasil. Na estatística do FMI em 2023, o Brasil tem a nona maior economia do mundo, com PIB de US$ 1,8 trilhão. A Coreia do Sul não ficou entre os 10 maiores. Mas em 2021, ela passou a economia brasileira, ficou em décimo lugar com US$ 1,811 trilhão enquanto nosso país ficou em 12º lugar, com US$ 1,609 trilhão.
Enquanto a economia brasileira se desenvolve num país que ainda não priorizou a qualidade da educação, a Coreia já fez essa lição básica há décadas. Além disso, contou com a intervenção do governo para formar gigantes industriais e competir no mercado de consumo mundial, incluindo o brasileiro.
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Hoje, o país conta com marcas de destaque em áreas de alta tecnologia como Sansumg, LG e Hyundai. O Brasil tem as catarinenses Sadia, Seara e WEG, mais algumas de outros estados, mas com menos agregação de valor de um modo geral.
A missão catarinense conseguiu visitar na Coreia do Sul instituições de ensino renomadas, portos, centros de eventos e outros equipamentos que projetam a economia no exterior. Visitaram, por exemplo, o KAIST, instituto que imita o americano MIT, e a World IT Show, principal exposição do país.
Líder da missão de SC, o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, informou que os contatos realizados sinalizam abertura para a realização de parcerias. Independente do que virá depois, conferir “in loco” os motores que movimentam a economia coreana é sempre uma inspiração, considerando o destaque dela na educação.
SC também pode procurar exportar mais ao Tigre Asiático, para reduzir um pouco as diferenças da balança comercial. Isso porque em 2022, enquanto o Estado faturou US$ 192,6 milhões com a venda para eles, principalmente, de carnes de frango e suíno, soja e motores elétricos, a Coreia vendeu para SC US$ 578 milhões. Os produtos que eles mais exportaram para o Estado foram caixas de marchas, polímeros, produtos imunológicos e ecógrafos.
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Cingapura, agora na agenda da missão de SC, também proporciona diversos ensinamentos, mesmo sendo um país muito menor. O fato é que essas dinâmicas economias asiáticas inspiram em todos os setores aos bons observadores.
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