O presidente da multinacional catarinense WEG, Alberto Kuba, foi palestrante no Fórum Radar 2025, realizado na tarde desta quinta-feira pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc). Ao abordar o tema “Liderança estratégica em negócios sustentáveis: superando os desafios do mercado”, ele revelou estratégias que fazem da WEG uma gigante industrial admirada globalmente.

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Uma das estratégias é o foco da empresa em vendas e resultados positivos. Outra é a formação de pessoas internamente. A gigante de motores elétricos e de outros produtos se destaca também pela inovação permanente com centros de pesquisa e desenvolvimento próprios e, também, pelos elevados investimentos em unidades próprias e em aquisições de outras empresas.

– A cultura da nossa empresa é uma cultura muito baseada em resultado. Crescimento com resultado – destacou Alberto Kuba.

Segundo ele, foi principalmente essa cultura que garantiu o sucesso da internacionalização da produção, com fábricas em diversos países. Ele próprio teve o desafio de liderar produção na China para vender ao mercado chinês, algo que dificilmente uma multinacional fazia.

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Questionado sobre que estratégias adotar para ter um negócio longevo e de resultado, a exemplo da WEG, Alberto Kuba, que é o quarto presidente da empresa e o segundo que não é da família, destacou que são as pessoas.  

– Acho que, em primeiro lugar, sempre investir nas pessoas, porque uma das coisas que eu quero conversar hoje é o seguinte: não são as empresas que se adaptam, mas sim as pessoas. Tudo tem um ciclo, tem um ciclo da primavera em que tudo vai dar fruto, vai dar flor e tem um ciclo do inverno que fica mais difícil. Da mesma forma, nós como executivos. Então, cada um de nós sempre tem sucessores mapeados e a gente gasta bastante tempo, bastante energia para desenvolver nossos sucessores para serem melhores do que nós – afirmou Alberto Kuba.

Para ele, uma das razões do êxito da WEG é essa competência de formar uma série de executivos que dão continuidade ao legado iniciado pelos fundadores Eggon João da Silva, Werner Voight e Geraldo Werninghaus. Sobre a série de desafios da vida executiva, ele disse que é preciso enfrentar.

– A minha mensagem é o seguinte: a gente não pode ficar paralisado diante dos desafios. É preciso encontrar alternativas para vencer independente dos cenários externos, seja a economia, seja a crise sanitária Covid e ou outro – afirmou ele.

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Em sua palestra, o presidente da WEG também mostrou a evolução da empresa, desde o começo, em 1961, criando um motor elétrico; nove anos depois, iniciando exportações; e a internacionalização produtiva no começo dos anos 2000, entre outras fases.

A multinacional catarinense soma, hoje, 64 parques fabris em 17 países, em quatro continentes. Fechou o ano de 2024 com receita líquida de vendas de R$ 38 bilhões, com 47 mil colaboradores no Brasil e no mundo e, desses, 4,7 mil engenheiros. Apesar da diversificação com foco na energia, o principal produto que fabrica continua sendo o motor elétrico. Das suas linhas de produção, saem mais de 60 mil motores elétricos por dia.

De acordo com Alberto Kuba, hoje quase todas as pessoas têm em casa um produto WEG. Pode ser um motor de eletrodoméstico, uma tomada ou outro item. Muitos serviços também são forneceidos com soluções WEG, principalmente em sistemas de energia. A expectativa é de que as pessoas tenham ainda mais produtos da empresa porque ela segue inovando e diversificando. Nos últimos anos, passou a fabricar estações de recargas para carros elétricos e também a instalar usinas solares em residências.

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