Num país que enfrenta juros elevados e variações de taxas com frequência, o acesso a financiamento sem juro para investir, o chamado Juro Zero, é um diferencial no apoio a microempreendedores individuais (MEIs). Em Santa Catarina, desde que foi instituído o Juro Zero, em setembro de 2011 até julho deste ano foram realizadas mais de 200 mil operações, que contemplaram um total de R$ 756,34 milhões liberados para microcrédito produtivo. Essa apuração é da Associação das Instituições de Microcrédito e Microfinanças da Região Sul (AMCRED-SUL).
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O governo do estado, por meio da Secretaria da Indústria, Comércio e Serviços (SICOS) destaca que no primeiro semestre deste ano foram realizadas operações que somaram R$ 41,6 milhões emprestados, beneficiando 8.604 microempreendedores individuais (MEIs). A AMCRED observou também os dados de julho, quando as operações somaram R$ 8,1 milhões em crédito, 11,6% mais do que no mês anterior.
Mas as instituições de microcrédito aguardam a confirmação do governo do estado e da Assembleia Legislativa sobre a continuidade desse programa no próximo ano. O presidente da AMCRED, Invonei Barbiero, disse que a expectativa é de continuidade pela importância do programa e pela trajetória do governador Jorginho Mello, sempre do lado das micro e pequenas empresas.
– O Brasil tem o maior juro do mundo e o empreendedor, sobretudo o MEI, não tem condições de tomar crédito com esse custo. É por isso que ajudar os empreendedores é uma prioridade do governo do estado, seja por meio do Juro Zero para o MEI, ou pelo Pronampe Santa Catarina para as micro e pequenas empresas, entre outras ações de incentivo”, destacou o governador Jorginho Mello.
Essa declaração do govenador, em notícia divulgada neste domingo no site do governo em notícia sobre o Juro Zero, sinaliza que essa política pública do estado terá continuidade no próximo ano.
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Voltado para os MEIs, o Juro Zero contempla operações de financiamento de até R$ 5 mil, feitas junto a instituições de microcrédito. Elas são em oito prestações, sendo que o empreendedor paga sete e a oitava é o juro, que é pago pelo Badesc, agência de fomento do governo estadual.
– O microcrédito atende o empreendedor de pequeno porte. Este segmento dos micros e pequenos negócios são a base da nossa economia e tem a necessidade permanente de suporte financeiro – disse Barbiero.
O secretário de estado da Indústria, Comércio e Serviços, Silvio Dreveck, informa que no primeiro semestre, o governo investiu R$ 6,5 milhões no pagamento de juros desse programa, que contemplou negócios de todo o estado.
– O governo de Santa Catarina é parceiro do empreendedorismo. Ao conceder crédito subsidiado, estamos dando condições para esses MEIs crescerem e, assim, evoluírem para microempresa ou empresa de pequeno porte. A maioria dos negócios começa pequeno e precisa de ajuda, principalmente no crédito, que é um gargalo histórico. Ou seja, o Programa Juro Zero amplia as condições de sucesso desse novo negócio – observou Dreveck.
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Mais empresas do que empregos
Com as mudanças no perfil da economia brasileira e oportunidades de formalização de empresas, a abertura de pequenos negócios supera, com frequência, a criação de novos empregos formais.
Em SC, por exemplo, o saldo de novos empregos com carteira assinada no primeiro semestre de 2025 totalizou 80,4 mil vagas, segundo dados do Caged, do Ministério do Trabalho. No mesmo período, foram abertos 176,4 mil novos negócios entre MEIs e micro e pequenas empresas, apurou o Sebrae Nacional.
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