A guerra comercial entre os Estados Unidos e a China está abrindo amplo espaço para exportações ao gigante asiático, que era ocupado pelos americanos e, também oportunidades para atender outros países da Ásia. O Brasil, incluindo Santa Catarina, é relevante fornecedor de grãos e carnes para a China, mas para o presidente da Organização das Cooperativas do Estado (Ocesc), Vanir Zanatta, é importante diversificar mercados para reduzir riscos.
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– Para nós, no Brasil e em Santa Catarina, vão se abrir muitas portas para exportarmos mais alimentos. Só não para o arroz (cereal produzido pela cooperativa liderada por ele, a Cooperja, do Sul de SC), que não deve mexer o ponteiro (risos). Mas os ponteiros vão mexer para a soja, o milho, o etanol e as carnes – afirma Vanir Zanatta.
Mas ele alerta que, apesar de mais oportunidades para vender à China e a outros países da Ásia, o produtor precisa ficar atento para não colocar todas as vendas em apenas um mercado. Recomenda diversificar, incluindo todos os mercados possíveis, com atenção à Arábia Saudita e Europa, que pode aprovar o acordo Mercosul-União Europeia. Além disso, o agro de SC vende também para a África, América Latina e aos Estados Unidos.
– Acredito que agora, com as tarifas dos Estados Unidos, deve ser acelerada a entrada em vigor do acordo Mercosul e União Europeia. Eles deverão reduzir exigências ambientais porque terão que levar mais comida para lá. E nós não estamos destruindo árvores para produzir – comenta Vanir Zanatta.
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O presidente da Ocesc destacou também que a safra brasileira de grãos que está sendo colhida, será recorde mais uma vez. A projeção é de 310 milhões de toneladas. Isso vai ajudar a reduzir os preços de alimentos no país.
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