O grande negócio do setor de medicamentos no Brasil e no mundo, atualmente, é a série de produtos para emagrecer e tratar diabetes, feita com a avançada tecnologia de peptídeos. As primeiras canetas disponíveis com tecnologia nacional são a OLIRE®, para tratamento de obesidade, e a LIRUX®, para o controle do diabetes tipo 2, lançadas em agosto pela farmacêutica EMS, empresa do Grupo NC, também controlador da NSC. Com mais produção e lançamentos, o cenário é de redução dos preços ao consumidor em 2026, prevê o presidente da companhia, Carlos Sanchez.

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– Esse é um mercado muito grande. Nós vamos trazer acesso. Vai diminuir o preço ao consumidor substancialmente. A gente espera dominar esse mercado a partir do ano que vem – diz o presidente da EMS.

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A companhia, que investiu mais de R$ 1 bilhão nessa área, estreou no mercado nesse segmento há pouco mais de três meses com preços bem mais baixos que os concorrentes importados. As canetinhas OLIRE® e LIRUX®, produzidas com liraglutida na única fábrica de peptídeos do Brasil, em Hortolândia, São Paulo, custam ao consumidor R$ 307,26.

Com o fim da patente do Ozempic, em março de 2026, a empresa lançará um similar. Além disso, vai aumentar a produção dos itens que já lançou. São essas maiores ofertas que vão reduzir preços ao consumidor.

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– Há 10 anos a EMS começou a investir na tecnologia de peptídeos. Nós fomos felizes, agora dominamos a tecnologia. Somos a única empresa nacional a fabricar o produto. E não estamos produzindo só para o Brasil, estamos produzindo para o mundo. Estamos registrando o produto na Europa, nos Estados Unidos. Temos uma fábrica de matéria-prima na Sérvia e a fábrica de produto terminado em Hortolândia, São Paulo – destaca Carlos Sanchez.

A EMS também está desenvolvendo o genérico do Mounjaro para o mercado dos Estados Unidos, onde vencerá a patente em 2033. Ela precisa informar cinco anos antes sobre esse plano e poderá ter seis meses de mercado exclusivo. Os EUA são o maior mercado do mundo para medicamentos e para esses produtos tem potencial de US$ 20 bilhões.

A EMS investiu mais de R$ 1 bilhão nessa tecnologia nos últimos anos. Inaugurou em 2024 a primeira e única indústria de leptídeos do país. Situada na cidade de Hortolândia, a unidade tem capacidade para fabricar 20 milhões de unidades de canetas injetáveis por ano. Segundo a empresa, é possível dobrar a produção, chegando a 40 milhões por ano.

– Estamos consolidando a capacidade do país de desenvolver e fabricar medicamentos de alta complexidade, com tecnologia própria e competitividade global. Este movimento fortalece nossa liderança e amplia o acesso a terapias modernas. Em até oito anos, projetamos gerar cerca de US$ 2 bilhões em receita no exterior e outros US$ 2 bilhões no Brasil, consolidando a EMS em mercados estratégicos – diz Carlos Sanchez.

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Maior laboratório farmacêutico do Brasil, a EMS é líder de mercado no país há 19 anos consecutivos. Com mais de 60 anos de trajetória, a empresa tem 7,3 mil colaboradores e atua nos segmentos de produtos com receita médica, genéricos, medicamentos de marca, e outros.

Junto à matriz, em Hortolândia, São Paulo, a empresa fábrica de ponta para medicamentos sólidos e centro de pesquisa e desenvolvimento (P&D). Também conta com fábricas no Brasil em Jaguariúna (SP); em Brasília (DF), e em Manaus, onde atua com a Novamed.

No exterior, é dona da empresa Galenika na Sérvia (Europa); na Itália tem o laboratório de pesquisas Monteresearch; e nos EUA tem a Vero Biotech e a Brace Pharma. Além disso, a companhia tem negócios em 56 países e conta com cerca de 100 patentes entre as já registradas ou em fase de registro em diversos países.

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