
Incertezas da Covid-19
O decreto estadual que proíbe aulas presenciais em Santa Catarina devido à pandemia de coronavírus caduca na terça-feira (13), mas as maiores instituições de ensino superior de Blumenau não programam uma volta às aulas de imediato. Práticas em laboratório estão liberadas desde julho, mas a reunião de estudantes para disciplinas teóricas continua sem previsão.
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> Municípios são contra a volta às aulas presenciais em Santa Catarina.
Em um comunicado, a Furb definiu que não retornará no dia 13. A gestão da universidade municipal informou que a suspensão das aulas presenciais é por tempo indeterminado e que comunicará qualquer alteração à comunidade acadêmica com 15 dias de antecedência. A medida também vale para a escola de Ensino Médio Etevi.
Segundo a Furb, 100 salas serão equipadas para ministrar as aulas tanto na modalidade presencial quanto por vídeo — aos alunos que preferirem permanecer em casa. O sistema já vem passando por testes. Um investimento superior a R$ 140 mil está sendo feito na compra de equipamentos. Até o momento, os alunos de graduação estão acompanhando as aulas pela internet.
> Alunos da Furb poderão escolher entre assistir às aulas em sala ou por vídeo
O campus da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em Blumenau deve permanecer sem aulas presenciais até o fim do ano. A decisão da reitoria, em Florianópolis, foi tomada no fim de junho. Na UFSC, as aulas ficaram suspensas por cinco meses e retornaram, na modalidade online, no fim de agosto.
A Uniasselvi informou que aguarda a publicação de portaria do governo estadual para estabelecer "uma determinação definitiva quanto às datas e exigências necessárias para o retorno das atividades presenciais em suas unidades".
A Unisociesc também aguarda posição mais clara do Estado e do município sobre o Ensino Superior. A instituição já elaborou um protocolo de retorno, conforme orientação da prefeitura, e deve divulgá-lo em breve. Ainda não há data definida para volta às atividades presenciais.
Blumenau deixou para trás o pico da transmissão do coronavírus e estabilizou o número de casos. Porém, com a retomada de todos os setores (com restrições e medidas preventivas), exceto eventos e educação, é provável que ocorra um aumento no número de infecções.
A cidade ainda não pode contar com os efeitos de uma eventual imunidade de rebanho. Pelo que se observa em países europeus e mesmo em cidades brasileiras, como Manaus, aglomerações entre jovens, seja em salas de aula, seja em bares ou atividades de lazer, são vetores importantes para provocar a chamada "segunda onda" da pandemia.
É um risco que envolve não apenas professores, funcionários das instituições, alunos e suas famílias. Toda a comunidade tem interesse nas decisões que serão tomadas daqui para frente.
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