Há um ano um caminhão do Exército despencou em uma ribanceira do bairro Progresso, em Blumenau, matando três soldados e ferindo outros 30. A tragédia que enlutou o 23º Batalhão de Infantaria gerou uma investigação para averiguar responsabilidades, mas ela terminou arquivada. Em outubro do ano passado, o Inquérito Policial Militar concluiu não haver indícios de crime no caso, opinião corroborada pelo Ministério Público Militar e pela Justiça Militar da União.

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O foco do inquérito, conduzido pelo próprio 23º BI, foi apurar as causas do acidente e se houve conduta perigosa por parte do motorista do veículo, um cabo do efetivo profissional do Exército. Conforme a decisão que confirmou o arquivamento, assinada pelo juiz federal substituto da Justiça Militar Diógenes Moisés Pinheiro, as más condições da Rua Belmiro Colzani provocaram a tragédia.

“Não ficaram demonstrados indícios mínimos de que o acidente decorreu de algum ato culposo, seja por imprudência, imperícia ou negligência, por parte do motorista militar. […] Pelo contrário, considerando os depoimentos das testemunhas, bem como os Laudos Periciais produzidos, verifica-se que o lamentável acidente decorreu das más condições da pista”.

O laudo da Polícia Científica sugere que o solo cedeu após a passagem das rodas traseiras do lado direito. Testemunhos contidos nos autos dão conta de que “não foi realizada qualquer manobra que pudesse tirar o veículo do traçado da estrada”. E ainda: “o motorista da viatura tentou acelerar para o lado esquerdo, sem obter êxito na manobra, ao que o caminhão foi ‘engolido’ pelo precipício”. O processo cita que a previsão meteorológica daquele dia citava o risco de deslizamentos de terra na região de Blumenau.

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Morreram no acidente Alex Carvalho da Cruz, 21 anos, Diogo Felipe Veiga, 18, e Alexandre da Silva Reginaldo, de 19. Entre os feridos, Edson Gieseler Filho, de 19 anos, permaneceu dois meses internado no hospital. A tragédia ainda provocou um prejuízo de R$ 170 mil ao patrimônio público, segundo os autos.

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