Restos de móveis, entulhos, garrafas plásticas, sapato velho, colchão e até pacote de camisinha usada. Um trecho da obra do prolongamento da Via Expressa em Blumenau, que está parada desde agosto do ano passado, virou um verdadeiro lixão a céu aberto, como mostram registros do repórter-fotográfico do NSC Total, Patrick Rodrigues, feitos nesta segunda-feira (27) – veja mais imagens na galeria abaixo.

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O alerta da sujeirada surgiu durante audiência pública na Assembleia Legislativa, realizada na última semana a pedido do deputado estadual Napoleão Bernardes (PSD). Na ocasião, o parlamentar tentou arrancar do secretário de Infraestrutura e Mobilidade de Santa Catarina, Jerry Comper, um prazo para pelo menos concluir os três primeiros quilômetros do trajeto – são 15 no total. Não veio uma data, mas Comper sinalizou o compromisso do governo.

Iniciado em 2014, o prolongamento da Via Expressa deveria ter ficado pronto em 2017, pelas estimativas iniciais do governo de Santa Catarina – responsável pela obra. Mas erros de projeto, divergências nas contas, impactos ambientais e medições equivocadas junto à empreiteira contratada atrasaram o cronograma. O projeto, segundo o Estado, está passando por revisão.

Durante a audiência, Comper chegou a revelar que a obra da nova SC-108, inicialmente orçada em R$ 138,7 milhões, não deve sair, em valores atualizados, por menos de R$ 600 milhões. Dos 15 quilômetros previstos, somente três, entre a BR-470 e a Rua Theodoro Pasold, passando pela Rua Guilherme Scharf, estão pavimentados. A ausência de alças de acesso e outras intervenções ainda impedem a liberação do tráfego de veículos.

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Em meio aos atrasos e a do descaso, o lixo vai tomando conta.

FOTOS: Obra parada em SC vira lixão a céu aberto e tem até resto de camisinha

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