A ideia inicial, em 2019, era abrir uma instaladora de painéis de energia solar, mas as coisas para Jonathan da Natanael da Silva sofreram uma grande reviravolta. Quando já tinha criado a Joy Energy Brasil, em Joinville, o empresário começou a perceber um rápido crescimento de soluções para o abastecimento de carros elétricos nas feiras em que participava. Foi então que ele decidiu redesenhar todo o negócio.
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— Inaugurei em 2021 um primeiro eletroposto, despretensiosamente — lembra, em conversa com a coluna.
Deu certo. Os painéis ficaram de lado e a Joy Energy começou aos poucos a estabelecer mais desses eletropostos, que são pontos de recarga de automóveis elétricos. O modelo de negócio evoluiu para uma rede de franquia que na prática virou um “hub” de mobilidade: oferece o “combustível”, aluga veículos para motoristas de aplicativo e ainda disponibiliza uma pequena conveniência autônoma, onde os parceiros podem comer um lanche ou beber algo enquanto aguardam o abastecimento do carro – uma espera que pode variar entre 30 e 60 minutos.
— Fomos o primeiro eletroposto com conveniência automatizada (em Joinville). Isso tudo aconteceu de forma natural, com minhas dores. O que o Elon Musk está fazendo eu já fazia — brinca Silva, em referência ao recém-inaugurado restaurante da montadora Tesla em Los Angeles.
Como é o primeiro eletroposto com conveniência automatizada
Realidades distintas a parte, a Joy Energy também tem planos audaciosos. Hoje a empresa já tem uma frota própria de cerca de 120 carros e uma rede de 25 eletropostos. Pelo ritmo de vendas de novas franquias, Silva estima que esse número chegue a 120 unidades entre julho e agosto de 2026. Para mais além, a meta é atingir 400 em todo o Brasil até 2027, o que representaria um salto de 1.500%.
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Em termos de receita, o negócio ainda é pequeno. Faturou R$ 1,7 milhão em 2024 e deve chegar a R$ 3 milhões neste ano, calcula o empresário. Mas, consolidando essas projeções, teria potencial para saltar para R$ 20 milhões em 2027 – o que representaria um incremento de 566% no período. As projeções da indústria de que, até 2030, 30% da frota brasileira será elétrica, em substituição a carros a combustão, alimentam as expectativas.
Silva diz já ter vendido 15% da operação a um grupo de investidores. E planeja futuramente, sem por ora abrir mão do controle do negócio, captar mais R$ 20 milhões com a alienação de uma outra fatia, de 10%, no momento em que a Joy já ter se transformado em uma SA de capital fechado.
Não é só o Brasil que está no radar. O empresário já tem conversas para avançar no mercado dos Estados Unidos, com uma operação em Miami. A Joy também se prepara para lançar um aplicativo próprio, onde o franqueado poderá fazer toda a gestão da frota e do negócio. O sonho é grande: se tornar, no futuro, um novo unicórnio brasileiro, termo usado para nomear startups que ultrapassam US$ 1 bilhão em valor de mercado. Quem sabe?
Retorno
O modelo de franquia proposto pela Joy Energy Brasil estima um payback (retorno do investimento) entre 16 a 20 meses, em uma operação autônoma que dispensa a necessidade de funcionários.
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Para o franqueado, cada unidade gera faturamento médio superior a R$ 35 mil mensais. Para o público-alvo principal, motoristas de aplicativo, o custo médio por quilômetro rodado, segundo a empresa, cai de R$ 0,70 com gasolina para R$ 0,07 no carro elétrico. Além disso, a manutenção pode ser até 70% mais barata.
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