Os R$ 9,4 bilhões que a investidora brasileira Movile, controlada pela holandesa Prosus, dispôs-se a pagar para comprar um terço das ações do iFood representam um valor superior ao Produto Interno Bruto (PIB) de 288 das 295 cidades de Santa Catarina. Os termos da negociação, que vieram à tona nesta sexta-feira (19), dão uma dimensão do peso da operação que envolve a maior empresa de delivery de comida do Brasil.

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Somente sete cidades catarinenses têm uma produção de riquezas maior que o valor da transação. A lista inclui Joinville (R$ 34,5 bilhões), Itajaí (R$ 28,2 bilhões), Florianópolis (R$ 21,9 bilhões), Blumenau (R$ 17,3 bilhões), São José (R$ 11,2 bilhões), Chapecó (R$ 10,5 bilhões) e Jaraguá do Sul (R$ 9,8 bilhões). Os números correspondem ao PIB de 2019, dado mais recente divulgado pelo IBGE.

Segundo comunicado divulgado pelo iFood, a Movile e seus sócios acertaram a aquisição de uma participação acionária de 33,3% da empresa de delivery que até então pertencia à Just Eat Holding Limited. Com o acordo, a investidora, que já detinha os outros 67% do negócio, passa a ser proprietária integral. Dos R$ 9,4 bilhões, R$ 7,8 bilhões equivalem à participação efetiva da Just Eat, com R$ 1,6 bilhão de potencial adicional.

“Em um ambiente cada vez mais competitivo, o investimento da Movile reforça que seguimos no caminho certo e que estamos fazendo a diferença como empresa brasileira de tecnologia referência em delivery online em impacto no ecossistema”, disse Fabricio Bloisi, CEO do iFood, em comunicado divulgado ao mercado.

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O iFood recebeu o primeiro investimento da Movile em 2013. Hoje a plataforma soma 330 mil estabelecimentos parceiros, entre restaurantes e mercados, 200 mil entregadores e 40 milhões de consumidores. Por mês, são em torno de 70 milhões de pedidos entregues em 1,7 mil cidades brasileiras.

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