Durante visita a Chapecó, o presidente da República Jair Bolsonaro se reuniu com autoridades políticas e empresários da região nesta sexta-feira (25). A promessa era de que o local, com capacidade para 1,3 mil pessoas, receberia 800 convidados, com todos os protocolos sanitários. Tudo definido em reunião com os representantes da Comissão Intergestores da Regional (CIR), neste caso do Oeste, como prevê o decreto do governo para eventos de massa com mais de 500 pessoas. 

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Mas não foi bem isso que aconteceu, como não acontece em todas as andanças de Bolsonaro pelo país. 

A grande maioria dos eventos está proibida em SC há mais de 15 meses. A realização de um deste porte, durante a visita presidencial, é mais um tapa na cara de um setor que caminha à falência. Para os que ainda resistem, claro. 

Como dizer para quem cumpre regras que as mesmas são totalmente ignoradas pela maior autoridade do país? E o pior é que é tão comum que para muitos, é também “normal”.

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Mas não é. Há meses o setor clama por mais atenção. Agora, é que datas para eventos-teste foram definidas e o Estado prepara os cofres para ajudar quem perdeu o emprego. 

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Enquanto o presidente se reúne com centenas de pessoas no Oeste de SC, o governo local e representantes do setor de eventos seguem buscando alternativas seguras para o retorno da atividade em meio à pandemia. 

O mais curioso é que muitos trabalhadores entendem o momento. Mas diante de tamanha dificuldade, precisam de auxílio. O presidente também.

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