As piores pontes administradas pelo DNIT em Santa Catarina estão na BR-280. Todas no Norte: duas em Araquari (KM 24 e 38) e outra em Rio Negrinho (Km 128).
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Até então, a pior ponte em rodovia federal catarinense estava no KM 111 da BR-470, em Apiúna. A estrutura chegou a ser interditada após a enchente de 2023 e estava na companhia de outras 10 pontes em BRs de Santa Catarina com a classificação do próprio DNIT como “ruim ou péssima”.
Confira imagens da duplicação da BR-280:
Quando a coluna trouxe, com exclusividade, essa informação em dezembro de 2024, o engenheiro civil Sérgio Beck, presidente do Instituto Catarinense de Avaliações e Perícia (IBAPE), foi categórico ao apontar o risco de uma ponte nestas condições.
— A classificação crítica é a pior de todas e há sim risco de colapso e queda. Se está no crítico, ela precisa ser observada todos os dias, pois está a ponto de cair — afirmou o engenheiro.
A ponte de Apiúna está recuperada e, diz o DNIT, a “lista das 11 pontes registradas no Sistema de Gerenciamento de Estruturas (SGE), que em 2020 apresentavam notas de avaliação iguais ou inferiores a “2” (“Ruim” ou “Péssimo”), foi atualizada com as intervenções e substituições estruturais realizadas nos últimos cinco anos”.
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Obras
O órgão federal informa que as intervenções na estrutura do km 24 está em fase de contratação emergencial, e contemplam a substituição do pontilhão por bueiro celular de concreto, com início das obras prevista ainda em 2025.
A ponte do km 38 será substituída por outra ponte. O DNIT não diz quando isso irá ocorrer.
Em Rio Negrinho, a estrutura do km 128 aguarda a contratação dos serviços de manutenção, conforme o cronograma de execução da autarquia. Da mesma forma, nenhuma data foi informada.
Por fim, o DNIT afirma que “não há risco iminente de colapso” e que o motorista pode trafegar com tranquilidade pelas rodovias federais catarinenses.
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O desafio será a garantia dos recursos. Em 2023 e 2024 o investimento da União foi recorde em Santa Catarina para o DNIT. De lá para cá, o dinheiro está acabando e o orçamento minguando.
Se em 2023 o investimento foi de R$ 1,039 bi; em 2025, o valor baixou para R$ 480 milhões.
É a hora da mobilização catarinense para a garantia dos recursos necessários que trarão segurança aos motoristas.
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