Banhistas que se arriscaram a entrar no mar em frente ao Rio Capivari, no bairro Ingleses, fizeram isso sem saber se o local — historicamente crítico — estava próprio para banho. Neste domingo (28), a placa do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) que indica a balneabilidade simplesmente não estava no local.

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Não é possível afirmar, com precisão, o que ocorreu. No entanto, não é incomum que placas instaladas em pontos impróprios para banho sejam retiradas ou vandalizadas por pessoas com interesse comercial na região. O objetivo seria não afastar turistas, clientes e até compradores de imóveis.

Ponto crítico de balneabilidade nos Ingleses:

De acordo com o site do IMA, o ponto de monitoramento do Rio Capivari está impróprio para banho, conforme análise divulgada no dia 22 de dezembro. A última vez que o local apresentou condições adequadas de balneabilidade foi em 11 de novembro.

Desde a inauguração da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) dos Ingleses, em novembro de 2023, houve melhora significativa na qualidade da água do Rio Capivari, além da redução do odor. Ainda assim, o problema da balneabilidade segue sem solução definitiva.

O IMA se manifestou em nota:

As placas que indicam se um ponto está próprio ou impróprio para banho são verificadas, regularmente, pelo Corpo de Bombeiros Militar, que possui uma parceria com o IMA.

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Ainda hoje, uma equipe que está de sobreaviso irá até o local para averiguar essa ocorrência.

Vale ressaltar que o IMA viabilizou a instalação de novas placas informativas em mais de 100 praias e balneários monitorados. Todas elas possuem QR Codes, direcionando para o site da balneabilidade (balneabilidade.ima.sc.gov.br), que é atualizado assim que os resultados são obtidos, e no aplicativo CBMSC Cidadão.

Devido ao fato de as placas serem danificadas, vandalizadas, queimadas e até excluídas, o IMA reforça a solicitação aos banhistas para que acessem os meios digitais para buscar a situação atualizada de cada ponto monitorado.

Lembrando que atos de vandalismo e/ou a subtração da sinalização são crimes ambientais previstos na Lei nº 9.605/98 e no Código Penal, pois omitem uma informação de utilidade pública que tem o objetivo de zelar pela saúde dos usuários, além do prejuízo ao patrimônio público.

Medidas como a inclusão do QR Code e o reforço de que o usuário visite o site do IMA com as informações antes de se deslocar para a praia, também visam à proteção dos banhistas e demonstram o compromisso da Instituição em trabalhar continuamente para aprimorar os canais de comunicação e minimizar esses incidentes que prejudicam o acesso à informação.

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