O valor da tarifa do ônibus virou dilema na futura licitação do transporte coletivo de Joinville. A prefeitura reconheceu, ainda em 2023, a necessidade de manter o subsídio aos ônibus no próximo contrato, a vigorar após a concorrência a ser lançada. Inclusive o complemento seria em montante superior aos valores pagos atualmente. No entanto, essa conta continua sendo feita: quanto deve custar a tarifa, de modo que não afugente mais passageiros, e qual deve ser participação do município no subsídio no futuro. É uma equação já atual, desde que decisão judicial determinou o reequilíbrio do contrato, e que terá peso no próximo contrato.
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Na semana passada, a documentação da licitação foi enviada ao Tribunal de Contas do Estado. Após o aval do TCE, a concorrência poderá ser realizada. Em agosto de 2023, quando a modelagem foi apresentada, o governo Adriano Silva divulgou que a licitação seria lançada até fevereiro de 2024. Mais de um ano depois do prazo, ainda não há data definida – há necessidade, agora, de aguardar a avaliação pelo TCE, que, conforme a prefeitura, deveria ter recebido os documentos no final de 2023.
Em entrevista ao Jornal do Almoço, da NSC TV, ainda na semana passada, o prefeito Adriano Silva abordou o “impasse”. Adriano lembrou que a prefeitura banca R$ 1,35 de cada passagem, por meio do repasse às empresas de ônibus. Sem o pagamento, a passagem poderia custar mais de R$ 7 (o custo é de R$ 6,25, na compra antecipada). Quando questionado por que o edital ainda não foi lançado, o prefeito citou os estudos de custos. “Nós temos que fazer esse controle orçamentário também. Vamos exigir um novo sistema, melhorias; mas também não podemos, daqui a pouco, aparecer com uma passagem custando muito caro ou fazendo com que a prefeitura tenha que tirar muito dinheiro dessa diferença e faltar recursos em outras secretarias”.
O que está previsto
A nova modelagem a ser licitada do transporte coletivo em Joinville prevê ar-condicionado, wi-fi e câmeras. O novo modelo de bilhetagem eletrônica será instalado, com possibilidade de mudança de linhas (integração) fora dos terminais. Os terminais serão reformados, com construção de mais um. Os abrigos de ônibus também passarão por revitalização. Será ampliada a frota de ônibus, mais linhas serão oferecidas e veículos terão idade máxima de dez anos.
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Custo do subsídio
Pelos números de 2023, quando o subsídio estava em R$ 2,1 milhões mensais, o repasse no novo sistema teria de ser de R$ 4,5 milhões por mês. No entanto, o subsídio se aproximou de R$ 2,7 milhões mensais no ano passado, o que significa que o novo modelo poderá custar mais de R$ 5 milhões para a prefeitura, todos os meses. É essa a conta em análise.
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