A reapresentação do pedido de empréstimo internacional para a implantação do parque Porto Cachoeira é mais uma tentativa de levar adiante a revitalização no entorno do rio que corta a área central e o Norte de Joinville. No próximo dia 18, a Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex) avalia a carta-consulta da prefeitura para a contratação de US$ 58,1 milhões com a Agência Francesa de Desenvolvimento. Parte dos recursos serão usada no parque linear, dividido em etapas. A primeira delas, entre o Moinho Joinville e o Mercado Público, está em andamento. O local escolhido é o do antigo porto, justamente o ponto que dá nome ao parque.
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A pauta do rio Cachoeira nos anos 80 e 90 era mais focada na despoluição. Houve tentativas específicas de limpeza do rio, mas a melhoria veio com a instalação de rede de esgoto no entorno, em velocidade maior a partir do final dos anos 2000. O rio não ficou despoluído, mas as condições – e o cheiro – mudaram de patamar. A revitalização às margens, com alguma inspiração na antiga área portuária de Buenos Aires, passou a fazer parte do debate com maior presença, retomando pauta mais antiga.
O desassoreamento do rio, como forma de contar os alagamentos, também virou tema de cobranças, embora o tema não seja novidade. O Plano Diretor de Drenagem Urbana, de 2011, defendeu a macrodrenagem do Cachoeira como a mais importante a ser realizada na bacia do rio. Nada foi feito no Cachoeira e o plano está em revisão. Restou o parque. A proposta é de revitalização nas margens, com novo paisagismo, áreas de convivência e melhorias em passeios e ciclovias.
Com variações
O plano varia conforme o local. Um trecho poderá contar com cais flutuantes, outro com passarelas sobre o rio, há etapas com maiores áreas de esportes, entre outras variações. O desassoreamento parcial do Cachoeira está no pacote, com remoção de 70 mil metros cúbicos de sedimentos (estudo da prefeitura aponta a necessidade de retirar pelo menos 500 mil metros cúbicos). É esse conjunto de medidas previstas no financiamento. Na carta-consulta, o governo Adriano Silva alega que houve “desconexão” da cidade com rio ao longo dos anos. “O objetivo atual é de recuperar as condições ambientais e conectar o rio com a população”.
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