Ao menos 18 municípios foram afetados pelo ciclone extratropical que atingiu Santa Catarina entre esta segunda (28) e terça-feira (29), informou a Defesa Civil. O fenômeno, em conjunto com a fase de lua nova e ventos intensos, também provocou a maré alta, causando estragos especialmente em Florianópolis, cidades do Sul do Estado e em Balneário Camboriú.

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Por que a maré alta nas praias de SC será desafio cada vez maior

Em Florianópolis, de acordo com a Defesa Civil, o pico da maré chegou a 1,76 metros por volta das 4h, o maior registro dos últimos seis meses, segundo a Defesa Civil. O fenômeno deixou diversos pontos da cidade alagados e provocou lentidão no trânsito, como na SC-405, localizada no Sul da Capital, e na Avenida Gustavo Richard, na região central. Moradores da região também tiveram as casas invadidas pela água na manhã desta terça-feira.

Em Laguna, no Sul do Estado, a população da Praia do Cardoso, na região do Canto dos Pescadores, foi diretamente atingida. De acordo com a Defesa Civil, a comunidade do Farol de Santa Marta também foi consideravelmente afetada. No local, com uma ressaca significativa, barcos pesqueiros foram atingidos e foi necessária a retirada das embarcações com o auxílio das defesas civis de Laguna, Jaguaruna e a regional.

Em Garopaba, as ondas cobriram a orla das praias e invadiram alguns pontos da cidade, gerando também prejuízos aos moradores. Em outras cidades, como Balneário Rincão, Arroio do Silva, Jaguaruna e Araranguá, também foram registrados estragos. Em Araranguá, por exemplo, na praia do Morro dos Conventos, os famosos decks de contemplação foram parcialmente destruídos pela maré.

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A maré alta também foi registrada nos municípios do Litoral Norte de Santa Catarina, porém, em menor intensidade. De acordo com a Defesa Civil, em Balneário Camboriú, o pico máximo das ondas foi de 1,73 metros. O fenômeno deixou partes da areia da Praia Central alagadas.

O que causa a maré alta em Santa Catarina?

Francine Sacco, meteorologista da Defesa Civil, explica que a maré alta é impulsionada pela passagem de um ciclone extratropical pelo Estado, o que deixa o mar agitado e com condição de ressaca. A previsão é de que o fenômeno atinja as cidades catarinenses até a tarde desta quarta-feira (30).

— Associada a tudo isso, a gente tá numa fase de lua nova e, com isso, a gente tem um aumento da maré astronômica também. Nesta terça-feira, entre 16h e 17h, a gente tem o retorno da maré alta. E depois, na madrugada, a gente vai ter de novo e amanhã a tarde novamente — explica a meteorologista.

Veja as fotos da maré alta em SC

Maré alta causa alagamentos e gera caos em comunidade de pescadores no Sul de SC

Ventos de até 103 km/h atingem SC

O ciclone extratropical que passa por Santa Catarina provocou ventos intensos entre esta segunda e terça-feira, afetando quatro casas e 18 municípios. Em Urupema, na Serra de Santa Catarina, a ventania chegou a 103 km/h, a maior velocidade registrada nas últimas 24 horas, segundo a Defesa Civil.

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Com os ventos, cerca de 43 mil unidades consumidoras ficaram sem energia, segundo um levantamento feito pela Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc). Ao todo, 250 equipes da companhia foram mobilizadas para o atendimento de ocorrências. As principais áreas atingidas foram o Litoral, Planalto, Vale do Itajaí e a Grande Florianópolis.

Em Florianópolis, os ventos provocaram o destelhamento da estrutura da Polícia Militar no bairro Trindade. De acordo com a PM, não houve feridos. Em Tubarão e Capivari de Baixo, foram registradas quedas de árvores, placas publicitárias e danos na rede elétrica. A Avenida Marechal Deodoro, em Tubarão, precisou ser interditada, segundo a Defesa Civil.

Já em Criciúma, não houve registros de residências afetadas, porém, diversas árvores caíram em vias públicas e vários pontos da região registraram rompimento do fornecimento de energia elétrica. O Corpo de Bombeiros Militar, empresas de fornecimento de energia elétrica e as Coordenadorias Municipais de Defesa Civil realizaram cortes preventivos para garantir a segurança da população.

Em Joinville, foram cinco chamados de queda de árvores, além de danos na rede elétrica em uma zona rural. O Plano de Contingência para Enfrentamento de Desastres (Plancon) foi elevado para nível laranja. Em São Bento do Sul, foram oito chamados de quedas de árvore com obstrução de via pública.

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