A defesa de Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quarta-feira (26) que vai solicitar uma declaração formal dos médicos responsáveis para atestar os efeitos dos medicamentos tomados pelo ex-presidente em uma tentativa de explicar a violação da tornozeleira eletrônica. Os advogados também informaram que vão apresentar os embargos infringentes até sexta-feira (28) e recorrer à Corte Interamericana de Direitos Humanos sobre a prisão em regime fechado. As informações são do blog da Andréia Sadi, do g1.
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Bolsonaro foi preso no sábado (22), por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após a Polícia Federal ter avisado sobre uma tentativa de violação na tornozeleira eletrônica que monitorava o ex-presidente em prisão domiciliar.
Na audiência de custódia, no domingo (23), e com a presença de advogado, Bolsonaro disse que a tentativa de violar a tornozeleira eletrônica foi em razão de um “surto”, causado por medicamentos. Entretanto, o ex-presidente já havia apresentado uma outra versão em que dizia que abriu o equipamento por “curiosidade”.
A defesa também declarou que apresentará embargos infringentes até sexta-feira, apesar de o STF ter entendido que esse tipo de recurso não se aplica ao caso porque não houve dois votos pela absolvição.
Outro foco da defesa será recorrer à Corte Interamericana de Direitos Humanos sobre a prisão em regime fechado ao ex-presidente.
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Os 10 passos que levaram à prisão de Bolsonaro
Bolsonaro começa a cumprir pena
Bolsonaro começou a cumprir a pena de 27 anos e três meses de prisão nesta terça-feira (25) por decisão do ministro Alexandre de Moraes. O ex-presidente permanece na sede da Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde já está em prisão preventiva.
“Determino o início do cumprimento da pena de Jair Messias Bolsonaro, em regime inicial fechado, da pena privativa de liberdade de 27 anos e três meses, sendo 24 anos e nove meses de reclusão (em regime fechado) e dois anos e seis meses de detenção”, diz a decisão de Moraes.
Jair Bolsonaro foi condenado pela tentativa de golpe após as eleições de 2022. A pena foi definida ao final do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), no dia 11 de setembro deste ano. Nesta terça, o caso transitou em julgado, ou seja, não cabem mais recursos.
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