O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deu declarações contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e a família dele em um vídeo publicado neste domingo (7). As imagens repercutiram na internet.
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Publicado no perfil do deputado no X (antigo Twitter), o vídeo é um trecho de uma transmissão por vídeochamada feita com apoiadores do ex-presidente que estavam em manifestações em Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS).
Manifestantes que apoiam Jair Bolsonaro se reuniram em diferentes cidades brasileiras neste domingo. A principal pauta foi o pedido de anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro. Os protestos reuniram pessoas com dizeres contrários a Moraes e a Lula (PT) e favoráveis ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
No vídeo, Eduardo fez um aceno aos manifestantes, dizendo estar feliz em ver as imagens dos protestos. Disse ainda que “está do lado correto”, mencionou a prisão do pai, Jair Bolsonaro, e o impedimento de falar com ele. Depois, proferiu ameaças contra Moraes e a família dele.
— Eu vou provar para o Alexandre de Moraes que ele encontrou um cara de saco roxo que vai acabar com essa brincadeirinha dele. Moraes, você, a sua mulher, e depois dela, que em breve será sancionado os seus filhos, eu vou atrás de cada um de vocês — declarou.
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Posso te me excedido no final, mas as palavras mais duras existem para isso mesmo. Só um homem agressivo pode ser pacífico, do contrário a única opção é ser cordeiro.
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) September 8, 2025
🎥 Trechos da videochamada para Curitiba e Porto Alegre. pic.twitter.com/1TSlwoHBzp
Lei Magnitsky
O governo dos Estados Unidos (EUA) anunciou no final de julho a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. A decisão vem após a escalada da crise entre o presidente norte-americano, Donald Trump, e o governo e Judiciário brasileiros.
A Lei Magnitsky é uma medida criada pelos Estados Unidos para impor restrições a estrangeiros que tenham cometido corrupção grave ou violação dos direitos humanos. Formulada em 2012, no governo do ex-presidente Barack Obama, a medida surgiu para sancionar envolvidos na morte do advogado Sergei Magnitsky, morto na prisão após investigar esquema de corrupção do governo russo.
Em 2016, a lei, que ficou conhecida como “pena de morte financeira”, foi ampliada e passou a valer para acusados em qualquer país. Embora não sejam punitivas, as medidas impedem que o indivíduo entre nos Estados Unidos ou mantenha contas e operações financeiras no país.
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No mesmo dia em que a lei foi sancionada, o Eduardo Bolsonaro agradeceu ao presidente americano Donald Trump, ao secretário de Estados Marco Rubio e “a todas as autoridades que se envolveram diretamente nessa tomada de decisão”.
Segundo Eduardo, a decisão de ficar nos Estados Unidos foi motivada pelo objetivo de “sancionar Alexandre de Moraes”.
— Hoje, eu tenho a sensação de missão cumprida […]. Essa medida, vale lembrar, não é fim de nada, mas é apenas o primeiro passo para que existam meios suficientes para que a gente possa resgatar a nossa democracia, a harmonia entre os Poderes e a normalidade das instituições — disse.
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