O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) falou, nas redes sociais, sobre as interações entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do Brasil, nesta terça-feira (23). Os dois líderes se encontraram antes da Assembleia-Geral da ONU e falaram por alguns segundos. Para o parlamentar, o encontro, anunciado pelo americano, deve ser entendido dentro da lógica de negociação adotada pelo republicano. Ou seja, a interação com o petista não passa de uma “firmeza estratégica” por parte de Trump, segundo ele. Com informações do O Globo.

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Donald Trump falou que encontrou o presidente Lula nos bastidores da Assembleia na ONU, nesta terça-feira. O brasileiro discursou antes do americano e os dois se cruzaram no deslocamento. De acordo com Trump, a conversa durou 39 segundos.

— Eu estava entrando e o líder do Brasil estava saindo. Eu o vi, ele me viu e nos abraçamos. Combinamos de nos encontrar na semana que vem. Não tivemos muito tempo para conversar. Tivemos uma boa conversa e combinamos de nos encontrar na semana que vem. Mas ele parecia um homem muito legal. Na verdade, ele gostou de mim, eu gostei dele… Tivemos uma química excelente — disse Trump na ONU.

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Ao ver a repercussão do encontro entre os dois presidentes, Eduardo Bolsonaro foi às redes sociais opinar sobre o comentário de Trump. Para o parlamentar, o presidente americano “fez exatamente o que sempre praticou”: aumentou a tensão, aplicou sanções e depois se recolocou à mesa em posição de força.

Para Eduardo, o movimento de Trump não representa uma vitória para Lula, mas sim um “passo calculado”. Ele citou como exemplo a sanção imposta pelos EUA à esposa do ministro Alexandre de Moraes, que chamou de “recado claro e direto” contra “o maior violador de direitos humanos da história do Brasil”. Para Eduardo, o gesto evidenciou a “firmeza estratégica” de Trump, que logo em seguida abriu espaço para diálogo.

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“O que se vê é a marca registrada de Trump: ele entra na mesa quando quer, da forma que quer e na posição que quer”, escreveu o parlamentar.

Agora, de acordo com Eduardo, caberá a Lula “tentar extrair algo de positivo” em um cenário no qual o Brasil depende do bom relacionamento com os Estados Unidos. “Ao final, Trump ainda disse que sem os EUA o Brasil vai mal. Não há para onde correr: o Brasil precisa dos EUA, reconheça isto ou não”, escreveu.

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*Sob supervisão de Giovanna Pacheco

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