O presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, e o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, de Israel, se reuniram nesta segunda-feira (29). O encontro ocorreu na Casa Branca, nos EUA, e tinha como objetivo discutir possíveis soluções para o conflito em Gaza.
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A reunião entre Trump e Netanyahu ocorreu às 12h. Em seguida, os líderes falaram em coletiva de imprensa na Casa Branca. Trump afirmou que chegou a um acordo com Netanyahu, mas que o grupo terrorista Hamas ainda não respondeu.
Trump afirmou que recebeu “muito apoio” dos países árabes. Além disso, afirmou que o possível acordo seria feito para concretizar a “paz eterna no Oriente Médio”. Ele ainda agradeceu ao primeiro-ministro de Israel e também afirmou que países asiáticos declararam apoio ao acordo de paz proposto.
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Trump afirmou que o primeiro-ministro de Israel “deixou clara sua oposição ao Estado Palestino”. Ele também avaliou que países que reconheceram o Estado Palestino, nos últimos dias, agiram por “cansaço”.
— Eu apoio o plano para acabar com a guerra em Gaza, que acaba atingindo o nosso objetivo de trazer os reféns de volta e desmantelar o Hamas (…) Me mantenho contra ao Estado Palestino, seria uma ameaça para nós [israelenses] — diz o presidente de Israel.
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O que diz o acordo de Trump?
Entre os pontos divulgados, estão:
- Fim imediato da guerra;
- Troca de reféns e prisioneiros;
- Reconstrução de Gaza;
- Nova administração de Gaza;
- Desmilitarização de Gaza;
- Anistia ao Hamas; e
- Segurança internacional.
Gaza seria governada por europeu, ex-primeiro-ministro
Caso o acordo seja fechado com Hamas, o ex-primeiro-ministro Tony Blair, do Reino Unido, seria escolhido como governador temporário de Gaza. Blair liderou a nação europeia entre 1997 e 2007 e foi um dos maiores aliados de George W. Bush, ex-presidente dos EUA.
O europeu ficaria no cargo por até cinco anos, liderando a Autoridade Internacional de Transição de Gaza. O plano pré-estabelecido deixa claro que não haveria deslocamento de palestinos, com novas decisões sendo tomadas por um conselho de sete integrantes e um secretariado de até 25 pessoas.
Três novos países reconhecem Estado da Palestina
Em um movimento histórico, Reino Unido, Canadá e Austrália anunciaram o reconhecimento formal do Estado da Palestina na última semana, reforçando a pressão internacional por uma solução de dois Estados no conflito israelo-palestino.
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O anúncio do Reino Unido foi feito pelo primeiro-ministro Keir Starmer, que realizou a declaração em sua conta na rede social X (antigo Twitter).
— Hoje, o Reino Unido reconhece formalmente o Estado da Palestina para reviver a esperança de paz entre palestinos e israelenses, e uma solução de dois Estados — afirma.
Israel boicotado durante Assembleia Geral da ONU
Netanyahu chegou a afirmar durante seu discurso na Assembleia Geral da ONU que Israel seguiria atacando a Faixa de Gaza até que “termine o trabalho”. O primeiro-ministro criticou o reconhecimento do Estado Palestino e negou que esteja matando civis ou causando fome na região.
As falas foram recebidas por vaias no plenário. Antes mesmo do discurso, comitivas internacionais abandonaram o local como gesto de repúdio. Representantes do Brasil também deixaram o local, em ato semelhante ao ocorrido ano passado.
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— Dar um Estado à Palestina ao lado de Israel é como dar um Estado à Al-Qaeda ao lado de Nova York depois do 11 de setembro (de 2001, quando o grupo terrorista Al-Qaeda fez um atentado na cidade norte-americana, derrubando as Torres Gêmeas com aviões). É pura insanidade, e não vamos fazer isso — disse o primeiro-ministro de Israel.
*Sob supervisão de Giovanna Pacheco
**Com informações do g1
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