Ex-parlamentares de Santa Catarina devem participar das próximas audiências da Operação Mensageiro. Dois ex-deputados, um ex-senador e um atual deputado estadual foram listados como testemunhas de defesas no processo que apura os casos contra agentes públicos de Tubarão.

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A investigação apura suposto esquema de pagamento de propina pela empresa Serrana Engenharia em troca de vantagens em licitações e contratos de coleta de lixo em cidades catarinenses.

Eles foram convidados para prestar depoimento como testemunhas — portanto, não são investigados pela operação. Os nomes deles aparecem na relação de testemunhas que devem depor nas próximas audiências do processo sobre Tubarão, marcadas para os dias 26 de junho, em Florianópolis, e 10 e 11 de julho, na cidade do Sul do Estado.

Quem são os ex-parlamentares

O ex-deputado estadual Kennedy Nunes (PTB), atual presidente do Detran-SC, foi arrolado como testemunha pela defesa de Darlan Mendes da Silva, ex-gerente de Gestão Municipal da prefeitura de Tubarão. Procurado pela reportagem, Kennedy afirmou não saber que foi indicado como testemunha no processo.

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Os outros políticos foram indicados como testemunhas pela defesa do vice-prefeito de Tubarão, Caio Tokarski (União). Trata-se do ex-deputado estadual, federal e ex-prefeito de São José, Djalma Berger (PSB), do ex-senador Geraldo Althoff (PSD) e do atual deputado estadual Sérgio Motta Ribeiro (Republicanos).

Djalma Berger confirmou que foi procurado pela defesa do vice-prefeito de Tubarão para depor como testemunha. Disse que pretende comparecer e que com ele o prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli, e o vice Caio, “sempre foram pessoas altamente parceiras e fiéis”. Caio foi secretário de Administração de São José durante a gestão de Djalma, entre 2009 e 2010.

O ex-senador Geraldo Althoff, que é da mesma região do vice-prefeito, disse à reportagem que foi procurado pela defesa de Caio, mas que ainda não teve comunicação da Justiça sobre depoimentos.

O deputado Sérgio Motta afirmou não ter recebido qualquer solicitação para testemunhar ou convite da Justiça. No despacho que marca as audiências, a desembargadora propõe o dia 26 de junho para ouvir o parlamentar, mas por ele ter mandato de deputado, a data precisa ser ajustada com ele previamente.

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Após a publicação da matéria, a defesa de Caio Tokarski informou à reportagem que houve um erro ao incluir o deputado Sergio Motta como testemunha. O advogado do vice-prefeito afirmou que a defesa, de fato, não o procurou, e que já apresentou à Justiça um pedido de exclusão dele do rol de testemunhas.

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O que dizem as defesas

O advogado do vice-prefeito Caio Tokarski, Pedro Walicoski Carvalho, afirmou que o rol de testemunhas havia sido apresentado pela equipe anterior de defesa e que no momento a lista está sendo revista. Os defensores pontuam que devem pedir a desistência de depoimento de algumas testemunhas, a exemplo do atual deputado Sérgio Motta Ribeiro.

A defesa do ex-servidor Darlan Mendes da Silva confirmou que arrolou o ex-deputado Kennedy Nunes como testemunha a pedido do próprio cliente, mas informou que não poderia dar detalhes do caso.

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