João Paulo Kleinübing é um velho conhecido de Blumenau, mas embora tenha sido prefeito da cidade por duas vezes, vai disputar o segundo turno pela primeira vez. JPK tem pela frente o desafio de reverter os mais de 40 mil votos de vantagem do adversário e aposta no debate sobre o futuro do município para conquistar o eleitor. Ele critica o que chama de “falta de ousadia” de Hildebrandt (Podemos) e diz não ter vergonha de falar sobre a Operação Tapete Negro — apesar de se referir a ela como algo “que machuca”.
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Confira a entrevista:
Augusto Ittner: Por que o senhor teve apenas 15% dos votos mesmo com dois governos para defender?
Não encaro dessa forma. Acho que cada eleição é uma eleição, não acho que a eleição de hoje seja um julgamento dos governos anteriores. Um dos fatores foi o alto número de candidatos, então você tem entre as propostas alternativas 11 escolhas possíveis, e isso acaba fazendo dispersas os votos. Importante que 58% das pessoas optaram pela mudança. Esse é o fato relevante. Agora o que nós vamos fazer no segundo turno é colocar com muito mais clareza, muito mais assertividade, as diferenças entre as duas propostas que restaram. Para isso a importância dos debates. Quanto mais melhor.
Evandro de Assis: O que não fez no passado e quer fazer agora?
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Nós temos uma visão muito clara para a cidade, primeiro com a questão da retomada da visão de longo prazo da cidade. Essa talvez seja a diferença entre aquilo que a gente propõe, e o que propõe o Mário Hildebrandt. Na forma com que ele [Hildebrandt] se apresenta, diminui a importância do planejamento futuro da cidade, como se tudo fosse agora.
Evandro: Mas oito anos atrás o senhor considera que não planejou?
Planejei. Estou só tentando rediscutir aquilo que me faz querer voltar. Uma das coisas com as quais eu não concordo é o abandono do planejamento. A visão de longo prazo que a cidade precisa ter e não tem hoje. Isso precisa ser implementado, porque nenhum caminho é certo para quem não sabe para onde está indo. É fundamental pensarmos na cidade para a próxima geração, e não para a próxima eleição. Procurei fazer isso nos oito anos em que fui prefeito e vejo que essa visão de cidade foi abandonada. Não precisa ser a Blumenau 2050, que não era minha, era da sociedade. Essa é uma questão. Outro ponto é a questão das grandes obras, o prolongamento da Via Expressa, implantação de corredores de ônibus, já que faltam os corredores Norte e Sul. Precisamos ampliar áreas de lazer. Não fui tão ousado no outro mandato é na discussão quanto a mobilidade ativa, ciclovias, calçadas, que são problemas crônicos. A regularização fundiária, que eu comecei em 2005, e esse processo também estagnou. Aprofundar a melhoria do transporte coletivo da cidade… Hoje, defendo que temos de mudar o modelo de prestação de serviço de transporte. É primordial. Precisamos ser mais ousados. Talvez oito anos atrás eu não tenha sido tão ousado. Precisamos integrar com bicicletas, táxis, motoristas de aplicativo… É aprofundar discussões, que na primeira vez que fui prefeito, e é o que me motiva a estar aqui novamente disputando a eleição.
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Ittner: O que aprendeu com a Operação Tapete Negro?
Aquela operação foi um equívoco, um erro. Me machuca muito. Fui vítima de uma operação que tinha o objetivo manchar oito anos de serviço. Uma operação que não tinha nenhum fato concreto para acontecer. Levei quatro anos para conseguir demonstrar na Justiça que nada daquilo aconteceu e isso me dói. A dor da injustiça é muito grande. Me dói na alma, ver que uma única pessoa pode destruir uma reputação com uma acusação falsa e você nunca mais conseguir explicar isso às pessoas de forma adequada. É um assunto duro e doloroso, pela dor da injustiça. Mais do que ser inocentado, não respondi a nenhum daqueles processos. Aquela operação é um absurdo. Havia erros de soma, de comparar orçamento com o que havia sido pago, e dizer que havia sobrepreço entre uma coisa e outra. Quando dizia que a prefeitura tivesse beneficiado a URB de forma irregular… Como se a prefeitura pudesse beneficiar a si mesma. Não havia prejuízo ao poder público. A primeira questão é isso: a operação foi uma farsa. Nunca houve desvio de recurso e estar aqui participando dessa eleição é importante, para que de uma vez por todas eu resolva o assunto com a cidade. Mas o que eu aprendi? Que eu deveria ter me comunicado melhor com a sociedade logo depois. Mas mesmo isso era difícil, porque quando houve a operação, eu no dia seguinte dei uma entrevista coletiva, mas as denúncias só foram entregues à Justiça em outubro do ano seguinte. Então eu fiquei 9 meses sem saber do que estava sendo acusado. Veja o absurdo. Não consegui me defender, porque eu não sabia do que eu precisava me defender.
Evandro: Naquela época aquelas escutas mostraram comportamentos no mínimo inadequados de algumas pessoas que integravam o governo…
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Existe uma ligação minha em que além dos palavrões que eu falo, e dos quais eu me arrependo, estou discutindo agilidade para não perder o recurso. Não estou mandando fraudar licitação, não estou exigindo que algo ilegal seja feito. Estou discutindo agilidade para cumprir prazos e não perder recursos com o Badesc. Essa ligação não tem nada de errado. As outras ligações são o que causam as confusões. Quais são as outas que envolvem a prefeitura?
Evandro: Tem aquela do secretário Alexandre Brollo combinando calçamento para beneficiar vereador, mais de uma, inclusive. Em todo o processo não há sinal de descontrole?
Não houve prejuízo ao poder público. Nenhum. Mesmo que você pegar a questão da pavimentação… Por isso que temos de separar a questão. Não houve prejuízo à sociedade. Não foi paga nenhuma obra que não foi executada. Não foi pago serviço mais caro do que realmente foi feito… Essa é a discussão. Um pouco é processo político, a comunidade faz uma demanda, e o vereador busca realizar essa demanda. Qual foi o prejuízo que a sociedade teve? Essa é a grande questão. Quero que alguém aponte onde está o prejuízo para a prefeitura do que aconteceu naquele período. Nenhum ato ilegal foi cometido. Nenhum servidor teve qualquer condenação.
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Ittner: O que é preciso fazer agora para conter os 300 casos diários de coronavírus?
Testagem em massa e rastreamento de contato. É o que deu certo no mundo inteiro e é o que precisa feito em Blumenau. Isolar aqueles que apresentam sintomas, usar máscara, por mais desconfortável que seja. Mas o que deu certo foi testar e rastrear, identificar os casos que não apresentam sintomas. Não dá para fingir que não está acontecendo nada. Temos que ter um plano de combate à pandemia, que é o que eu não vejo ser discutido na cidade. Não pode ser simplesmente fechar tudo de novo. Acho que essa não pode ser a primeira nem a única opção, e é preciso investir pesadamente em testagem. É preciso que o município garanta também a disponibilização da vacina, assim que aprovada pela Anvisa.
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Evandro: Mas rastrear 300 novos casos por dia é impossível, né? Mas agora, com tanto caso, como estancar?
Tem que usar tecnologia. O celular precisa ser usado. Precisa de um bom investimento? Sim. Mas ainda assim é o que pode frear o que está acontecendo.
Ittner: Por que a promessa de fazer um pronto-atendimento não foi cumprida antes? O senhor já tinha apresentado essa ideia em 2008.
A questão é discutir qual o modelo de pronto-atendimento hoje da cidade. Ela precisa ser feita junto com os ambulatórios gerais do município. Os AGs, hoje, custam um bom investimento e têm baixíssima resolutividade. Os AGs não são nem atenção primária, e nem secundária. As duas unidades de pronto-atendimento que a gente propõe seriam na Região Central, e outra na Região Norte, usando o Hospital da Furb. É preciso rever o papel dos AGs nesse sistema, para que possam, alguns, a receber equipes de saúde da família. Nos últimos anos não se expandiu a oferta de saúde primária na cidade. É preciso aumentar esse número de forma consistente, como eu fiz nos oito anos, rever o papel dos AGs e implantar as duas UPAs, associadas ao sistema de saúde pré-clínica, por telefone.
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Ittner: O senhor faz uma crítica clara aos ambulatórios gerais. Na sua gestão, qual será o modelo dos AGs?
Qual a resolutividade do AG hoje? Ele não tem um raio-x, não consegue fazer um exame laboratorial… É preciso repensar o papel dos AGs, ver de fato a efetividade do atendimento que está acontecendo. Será que ele não está sendo só um estágio de atendimento?
Evandro: De prático, o que será feito para atrair mais pessoas para o transporte coletivo?
O que afasta as pessoas do transporte coletivo é o preço e o conforto. É preciso trabalhar essas duas questões. O preço da passagem é dado por quanto o sistema custa, por quantas pessoas usam. Se o número de usuários cai a cada ano, você tem uma pressão por aumento da passagem. Aí, para tentar que a passagem não aumenta, você tem a redução da qualidade do serviço, redução de linhas. Por isso que esse modelo não funciona. A cada ano que passa você reduz a qualidade do serviço e afasta ainda mais as pessoas do sistema. Na questão do conforto, é fundamental que se implante o ar-condicionado nos ônibus. Não há como se adiar essa discussão…
Evandro: Em todas as linhas?
Começando pelos troncais. Não vai acontecer da noite para o dia. Tem que haver um plano, para fazer ao longo de cinco anos, começando nos troncais onde há maior concentração de usuários. Conforto é vinculado à experiência, aumentando horários, não diminuindo. É preciso criar novas formas de integração, seja com bicicleta, Uber, táxi, para que a pessoa possa utilizar vários modais dentro da cidade, com o que a tecnologia permite hoje. Temos de permitir que a pessoa pague a passagem usando o telefone, para que nas paradas dos troncais haja informações em painéis sobre quando virá o próximo ônibus, quanto tempo vou esperar.
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Ittner: A prefeitura então vai ter que dar um passo para trás para dar dois à frente. Porque terá de bancar. A Blumob não fará isso por conta, imaginamos…
Temos que fazer esses investimentos, a prefeitura pode contribuir, existe recurso para fazer isso. A prefeitura pode participar isso junto com quem opera o serviço. Vamos buscar outras receitas para dentro do sistema e reverter a tendência de queda de usuários, para que aumente a receita a longo prazo. Teremos que investir hoje para trazer de volta o passageiro para o nosso sistema. Não é tarefa fácil, especialmente agora depois da pandemia, em função das dificuldades, acabaram se reorganizando, comprando carro, moto… É preciso atrair de novo as pessoas para dentro do sistema. A implantação dos dois corredores, Norte e Sul, melhoram a eficiência do sistema. O único momento em que houve estabilidade no número de passageiros foi em 2010, 2011, quando implantamos o corredor de ônibus. Tem que se discutir o modelo. Eu ainda estou atrás de alguém que naquele plebiscito tenha votado pelo Wi-Fi em vez do ar-condicionado. Quem sabe façamos uma busca, um anúncio, para que alguém se apresente.
Ittner: Então o senhor vai extinguir a função de cobrador?
É preciso fazer uma discussão ampla sobre os custos do sistema e qual o impacto que isso pode ter na melhoria da qualidade do serviço. É uma rediscussão completa do modelo. Mas, sim, pode ser uma alternativa.
Evandro: Ainda vale a pena investir em mais uma ponte no Centro?
A cidade precisa de várias outras pontes. A cidade que é cortada pelo rio vai precisar ao longo dos próximos 20 anos e várias outras pontes. O que não dá é ficar oito anos discutindo de forma estéril onde a ponte seria. É preciso discutir onde é a próxima, e não aquela que já estava viabilizada com recurso projeto etc.
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Evandro: Onde é a próxima?
Ligando o Sesi à Rua Silvano Cândido da Silva. Outra, importante, é ligando as ruas Bolívia e José Ferreira da Silva.
Ittner: De onde surgiu essa ideia da ponte da Bolívia com a José Ferreira da Silva? O que ela melhoraria?
Quando estávamos discutindo as obras que seriam encaminhadas junto ao BID, foram analisadas várias alternativas de pontes na Região Central. A ponte entre a Rodolfo Freygang e a Chile… Uma mais próxima da curva do rio… Uma que poderia ser na saída da Nereu Ramos em direção à Prainha… E essa entre a Bolívia e a José Ferreira da Silva. De todas as alternativas, a que daria o melhor resultado era a ligação entre a Rodolfo Freygang e a Chile, operando o binário com a Rua República Argentina. E a segunda alternativa era essa da Rua Bolívia. Quando você vem da Avenida Brasil, você pega a Bolívia para acessar a Uruguai, e aí entrar na Ponte Adolfo Konder e entrar na Região Central. Mas você sai da Beira-Rio e precisa fazer um xis para acessar a José Ferreira da Silva e ir sentido Sete de Setembro. Essa ponte na Rua Bolívia eliminaria essa necessidade de ir de um lado para o outro e dar essa volta.
Evandro: O que se pode fazer para baratear a tarifa de esgoto?
Quando assumi a prefeitura em 2005, a cidade tinha 4% do esgoto coletado e tratado. Hoje deve estar perto da metade. Há um ganho até do ponto de vista da saúde pública. Se você conversar com os profissionais de saúde que trabalham na área, vão dizer que o número de doenças ligadas à questão do esgoto diminuiu bastante, o que é um ganho importante do ponto de vista da qualidade de vida. A importância do esgoto é inegável. Existe uma falsa impressão de que se o Samae fosse o prestador do serviço, a cobrança não aconteceria. O que não é verdade. Esses 4% que moravam em área atendida, já pagavam esgoto naquele momento. Com relação ao valor da tarifa em si, qualquer contrato de longo prazo precisa ser revisado de forma periódica, e esse compromisso nós temos, de discutir alternativas, para reduzir a tarifa ou evitar que ela aumente tanto nos próximos anos. Acho que qualquer contrato precisa de fiscalização, acompanhamento e de discussão clara com a sociedade.
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Ittner: Como pretende oferecer creche em tempo integral se hoje faltam vagas em meio período?
Quando eu estava na prefeitura, tínhamos creche em tempo integral. Infelizmente, principalmente depois de 2018, a prefeitura cortou essa possibilidade. Boa parte das vagas que foram geradas de creche nesses últimos anos, foram criadas diminuindo o atendimento de quem já tinha. Não foi vaga nova criada. Isso é um equívoco enorme, porque para muitas famílias isso não é a solução, principalmente para as que estão em áreas mais pobres da cidade, onde pagar uma creche particular não é uma opção. Muitas pessoas não têm onde deixar os filhos e, por isso, param de trabalhar. Isso foi um equívoco. Outra questão é: quantas creches novas foram criadas desde que eu saí da prefeitura? Duas apenas. Quando eu estive na prefeitura, implantamos 18 creches novas. Duas por ano. Nesses últimos oito anos, só duas. Por isso falta vaga. Falta vaga porque a prefeitura não fez a sua parte. Tem cinco creches que estão sendo construídas hoje na cidade, financiadas com recurso do FNDE, cujas obras estão completamente paradas há mais de um ano. São essas vagas que fazem falta para a cidade. Vamos terminar essas obras e, num primeiro momento, comprar vagas na iniciativa privada, até porque essas creches vão precisar, já que estão um ano paradas.
Evandro: Por que o plano de governo da candidatura tem apenas seis páginas?
Porque ele é um resumo das principais ações. Nós estamos aprofundando a discussão durante o processo eleitoral. Ele apenas pontua as nossas principais ações, os planos que temos para a cidade.
Ittner: Por que no ano em que a cidade lembra os 30 anos da Tragédia do Garcia, que aliás, o senhor e nenhum outro candidato lembrou na campanha, o tema prevenção de desastres não está no seu plano de governo?
Prevenção de desastres é algo que faz parte do dia a dia da cidade. Não é algo que precisa ser discutido novamente. A cidade precisa ter um programa de prevenção de desastres de forma permanente. Esse programa se faz primeiro com moradia adequada, com acompanhamento, fiscalização, orientação. Em uma cidade como a nossa, é preciso que a prevenção de desastres esteja em todas as ações, desde a regularização fundiária, infraestrutura, aprimoramento da fiscalização, até a discussão das ruas de placa amarela. A prevenção está presente em todas as ações que a gente faz.
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Evandro: O senhor ainda apoia o governo de Jair Bolsonaro?
Acho que o presidente tem feito algumas ações importantes, porém como qualquer outro cidadão, tenho minhas críticas a algumas coisas que acontecem no Brasil. Naquele momento votei, sim, no presidente Bolsonaro. Eu e 80% dos blumenauenses e reconheço a importância da Reforma da Previdência, mas tenho críticas à maneira com que ele se comunica com a sociedade. Ele cria problema demais para ele próprio, por muitas vezes falar sobre temas que não deveria. Acho que o fato de ter votado nele em 2018 não me obriga a aceitar tudo o que é feito.
Ittner: A oposição que o senhor fez ao governador Moisés pode atrapalhar o trabalho junto ao governo?
Não. Reitero as dívidas que acho que o governador Moisés tem com Blumenau. A Via Expressa talvez seja a mais importante delas, já que até hoje não houve uma resposta do governo do que vai acontecer com a obra, que talvez seja a mais importante da cidade. Fui prefeito durante oito anos com Lula e Dilma de presidentes e nem por isso a cidade deixou de receber recursos ou de ter as ações aqui realizadas.
Evandro: Por que o senhor é melhor candidato que Mário Hildebrandt?
Pela capacidade de ousar, de pensar a cidade de mais ampla. Essa é a diferença. Blumenau precisa voltar a sonhar, pensar grande. Precisamos pensar em que cidade estamos construindo de forma muito mais ampla. E é com toda a experiência que adquiri, com tudo que estudei, não sou o mesmo João Paulo voltando, é alguém com mais conhecimento para aprofundar discussões que faltam na cidade, que estou participando junto com o Ronaldo Baumgarten Júnior nesta eleição. Blumenau não pode pensar pequeno. Não pode só pensar em amanhã. Tem que sonhar, pensar grande, liderar o Vale do Itajaí. Tudo em torno de Blumenau cresce e nós ficamos pra trás.
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