Uma tentativa de golpe de Estado contra o governo da Guiné provocou tiroteios perto do palácio presidencial na capital, Conacri, neste domingo (5). O paradeiro do presidente Alpha Condé segue desconhecido após vídeos publicados nas redes sociais o mostrarem cercado por militares. Ainda não há confirmação da autenticidade das imagens.
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Em pronunciamento na TV estatal, soldados por trás do motim disseram ter tomado o poder e dissolvido a Constituição do país africano. Os soldados também anunciaram um toque de recolher em todo o país.
— Nós dissolvemos o governo e as instituições — disse Mamady Doumbouya, comandante de um grupo de elite do Exército, no pronunciamento. — Iremos reescrever a Constituição juntos.
Por sua vez, o Ministério da Defesa afirmou em comunicado que as forças de segurança contiveram a insurgência.
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— Os insurgentes espalharam o medo [em Conacri] — diz a nota. — A guarda presidencial, apoiada por forças de defesa e segurança, leais e republicanos, contiveram a ameaça e repeliram o grupo agressor.
O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres, criticou a tentativa de golpe.
— Condeno firmemente qualquer tomada do poder [na Guiné] pela força do fuzil e peço a libertação imediata do presidente Alpha Condé — disse em rede social.
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A chancelaria da Nigéria disse que o “aparente golpe de Estado” viola as regras da Comunidade Econômica de Estados do Oeste Africano (Ecowas, na sigla em inglês) e pediu a restituição da ordem constitucional.
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Presidente chegou ao poder em 2010
Condé chegou ao poder em 2010, tornando-se o primeiro presidente eleito democraticamente no país. Ele foi reeleito para um terceiro mandato em outubro do ano passado após abolir o limite constitucional de dois mandatos, em um pleito marcado por protestos violentos e acusações de fraude.
A pandemia de Covid-19 agravou a crise econômica e a instabilidade política na Guiné. De acordo com dados oficiais enviados à OMS (Organização Mundial da Saúde), o país registrou quase 30 mil casos e 341 mortes pela doença desde o começo da pandemia.
A Guiné tem cerca de 12,4 milhões de habitantes. O país era uma colônia da França e se tornou independente em 1958.
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