Após três dias consecutivos sem registro de mortes por coronavírus, Blumenau confirmou nesta segunda-feira (28) o 150º óbito devido à nova doença: uma idosa de 64 anos, que deu entrada no hospital no sábado (26) e morreu no mesmo dia. Com ela, 54 moradoras da cidade perderam a vida nesta pandemia até o momento. Os homens são maioria entre as vítimas: 64% do total.
Continua depois da publicidade
> Clique aqui para receber notícias do Vale do Itajaí pelo WhatsApp.
A morte mais recente também exemplifica algo predominante entre as vítimas: quase todas (98%) possuíam alguma doença prévia. Conforme dados atualizados da Secretaria Municipal de Promoção da Saúde, o risco maior é para os idosos que sofrem doenças do coração. Entre as outras comorbidades mais comuns estão a cardiopatia e diabetes.
Já entre os que tinham menos de 60 anos destacam-se a obesidade, diabetes e cardiopatias, como já mostrou o Santa. As exceções foram uma mulher de 55 anos e dois homens de mais de 80, que não tinham registro de outras enfermidades. A idade mais avançada, porém, é outra característica das vítimas blumenauenses — e do resto do mundo. 100 das 150 tinham mais de 65 anos.

Continua depois da publicidade
Em Blumenau, diferente de outras cidades, nenhuma pessoa com menos de 20 anos morreu devido ao coronavírus. No entanto, cinco tinham de 22 a 40 anos. A mais velha, 95.
Coronavírus em Blumenau
As mortes quase diárias desde julho contrastam com uma queda no número de casos na cidade. Depois do pico no começo do segundo semestre, com a média móvel de 293,4 novos testes positivos diários, a cidade tem uma média atual de 30,4 novos infectados por dia, a menor desde 16 de junho.
Na noite desta segunda-feira a prefeitura confirmou mais 50 novos contaminados em relação ao domingo (27). Desde o início da pandemia são 12.909 diagnósticos. 280 estão em tratamento. Nos hospitais há 16 em leitos de UTI e 14 em enfermarias (taxa de ocupação de 17% e 8%).
Novo pico?
Em entrevista, a infectologista Sabrina Sabino disse acreditar que uma segunda onda da Covid-19 pode acontecer na cidade, levando em consideração alguns fatores. Já o secretário municipal de Promoção da Saúde, Winnetou Krambeck, declarou que os números não apontam para um novo pico, mas que nada é impossível, já que o vírus é novo e a própria ciência ainda tenta entender o comportamento dele.
Continua depois da publicidade
