A indústria catarinense tem convivido com indicadores bons e ruins ao longo de 2016. Em termos de geração de empregos, não tem do que reclamar: é o Estado com melhor saldo do país neste segmento. Foram 5.146 admissões a mais que demissões de janeiro a outubro, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.

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Esse bom resultado foi puxado especialmente pelas microempresas. Os segmentos com melhores saldos foram o têxtil e o de alimentos e bebidas.

Já os salários e as horas trabalhadas vêm caindo desde 2014. Em algumas das grandes empresas do Estado optou-se por não cortar empregos, mas reduzir jornada e, consequentemente, salários. Os rendimentos também caíram, em termos reais, porque são pressionados pela alta inflação.

Outros números não animam. De janeiro a outubro, em um paralelo com igual período do ano passado, as vendas encolheram 10,8% e, até setembro, a produção acumulou queda de 4,2% – o melhor desempenho foi do Pará, com crescimento de 10,2%. Entre janeiro e novembro, as exportações caíram 2,6% em SC, e as importações, 19,9%. O índice de atividade econômica caiu 2,9% no Estado – no país a redução foi de 4,9%.

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A Federação das Indústrias do Estado de SC (Fiesc) está na expectativa de uma retomada da economia em 2017, mas que deve ocorrer de forma lenta, segundo o presidente entidade, Glauco José Côrte.

O caos político no qual o Brasil mergulhou é um dos principais fatores que afetam negativamente a economia, afirmou Côrte em coletiva de imprensa ontem na sede da Fiesc. Ele também destacou que, em um cenário com PIB, consumo e investimentos em queda, os gastos do governo seguem altos. Por isso, disse, as reformas são fundamentais.

– Espero que aprovemos a PEC (do corte de gastos), já temos a da previdência e aguardamos a reforma trabalhista para modernizar as relações de trabalho – afirmou o presidente.

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