Joinville ultrapassou os mil casos de dengue neste 2023. Conforme dados do painel da prefeitura da cidade, nesta terça-feira (21), desde 1° de janeiro, 1.051 pessoas foram infectadas. Na semana passada, inclusive, uma jovem de 26 anos morreu vítima da doença.
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A explosão de casos foi na semana do dia 10, quando 328 casos foram confirmados. Com 191 infectados, o Comasa é o bairro que mais possui diagnosticados com dengue. Em seguida vem o Nova Brasília (107) e o Floresta (94). O que menos possui confirmações são Atiradores e Zona Industrial, com apenas um caso cada.
Confira confirmações por bairro
Comasa: 191 casos
Nova Brasília: 107 casos
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Floresta: 94 casos
Bom Retiro: 86 casos
Jardim Paraíso: 82 casos
Paranaguamirim: 56 casos
Boa Vista: 35 casos
Aventureiro: 34 casos
Espinheiros: 34 casos
Jardim Iririú: 31 casos
Ulysses Guimarães: 26 casos
Iririú: 23 casos
Costa e Silva: 21 casos
Bairro não informado: 18 casos
Saguaçu: 18 casos
Vila Nova: 17 casos
Fátima: 12 casos
Guanabara: 12 casos
Jarivatuba: 12 casos
Morro do Meio: 12 casos
João Costa: 11 casos
Adhemar Garcia: 9 casos
América: 9 casos
Boehmerwald: 9 casos
Itinga: 9 casos
Itaum: 8 casos
Petrópolis: 8 casos
Pirabeiraba: 8 casos
Santo Antônio: 8 casos
Indeterminado: 7 casos
Anita Garibaldi: 7 casos
Glória: 6 casos
Bucarein: 5 casos
Jardim Sofia: 4 casos
Parque Guarani: 4 casos
Santa Catarina: 4 casos
Centro: 3 casos
Rio Bonito: 3 casos
São Marcos: 3 casos
Profipo: 2 casos
Vila Cubatão: 2 casos
Atiradores: 1 caso
Zona Industrial Norte: 1 caso
Cidade registrou mais de 21 mil casos e 19 mortes em 2022
Em 2022, Joinville registrou 21,3 mil casos de dengue e 19 mortes. Por meio das ações de acompanhamento e monitoramento permanentes realizadas pelos servidores da Vigilância Ambiental, neste período, mais de 16,4 mil focos do mosquito foram identificados e eliminados.
No ano passado, de acordo com o levantamento nacional, Joinville chegou a ter 21.420 casos de dengue prováveis, como denomina o Ministério da Saúde, se tornando a quarta cidade com mais casos da doença no país. Os números indicam uma incidência de 3.542 casos a cada 100 mil habitantes.
A maior cidade de Santa Catarina ficou atrás apenas de Brasília (DF), que registrou 67 mil casos prováveis em 2022; Goiânia (GO), com 53 mil casos; e Aparecida de Goiânia (GO), com acumulado de 25 mil. Joinville foi a única catarinense entre os 10 municípios com mais registros de dengue.
Em dezembro, o AN noticiou que havia um plano para implementar duas ações de enfrentamento da dengue na cidade: vacina contra a dengue pela rede pública municipal e o controle biológico do mosquito. A reportagem entrou em contato com a comunicação da prefeitura para entender em qual pé andam essas tratativas.
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Conforme o município, portanto, a vacina ainda não foi incorporada ao calendário nacional pelo Ministério da Saúde e o controle natural ainda estava em fase de estudo, e não foi ampliado. O que ocorre são visitas quinzenais em pontos estratégicos da cidade, como ferros velhos, borracharias, centros de reciclagem e outros estabelecimentos com grande circulação de pessoas, considerados locais que oferecem risco de se tornar criadouros do mosquito.
Há também campanha de conscientização nas escolas.
Governo de SC anuncia “comitê de crise”
O governo de SC anunciou a criação de um “comitê de crise” para coordenar as ações contra a dengue no Estado e vai liberar R$ 10 milhões para auxiliar os municípios. A implantação do Centro de Operações e Emergências (COE) em Arboviroses foi detalhada em entrevista coletiva na segunda-feira (20), com a presença do governador Jorginho Mello e da secretária estadual de Saúde, Carmen Zanotto.
As medidas foram tomadas em função do alto número de casos de dengue registrados neste início de ano em SC. Segundo o governo, o Estado já soma 10 mil suspeitas da doença e 3 mil confirmações, em números atualizados até o último sábado (18).
Na semana passada, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive-SC) emitiu alerta crianças e adolescentes de 0 a 19 anos têm apresentado maior incidência e agravamento da doença — são 26,2% dos pacientes do Estado com esta faixa etária, contra 19% no mesmo período do ano passado.
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Os R$ 10 milhões anunciados por Jorginho Mello devem ter como prioridade custear horas extras de servidores para ampliar o horário de atendimento em unidades básicas de saúde e Unidades de Pronto Atendimento (UPA) nos municípios. A intenção é desafogar prontos-socorros de hospitais da demanda de pacientes com sintomas de dengue.
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