Lula voltou a criticar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seu filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), durante discurso na manhã desta terça-feira (26), no Palácio do Planalto, em reunião com a equipe de ministros. As informações são do g1.

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O presidente chamou Eduardo de traidor da pátria e disse que ele já deveria ter sido cassado pela Câmara dos Deputados. O filho do presidente está desde março nos EUA, onde articula com autoridades locais medidas para interferir no julgamento do pai, réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe.

— O que está acontecendo hoje no Brasil com a família do ex-presidente e com o comportamento do filho dele nos EUA é, possivelmente, uma das maiores traições que uma pátria sofre de filhos seus — disse Lula.

— Não conheço na história desse país algum momento em que um traidor da pátria teve a desfaçatez de mudar para o país, que ele está adotando como pátria, negando a sua pátria e tentando insuflar o ódio de alguns governantes americanos contra o povo brasileiro — acrescentou.

Defesa da soberania e críticas a Trump

Na abertura da reunião, o presidente reforçou críticas à guerra em Gaza e também ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

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— Não estamos dispostos a sermos tratados como subalternos (…) Somos um país soberano, temos uma constituição, uma legislação, quem quiser entrar, no nosso espaço, tem que prestar contas à nossa Constituição e à nossa legislação — afirmou.

Lula também disse que o governo está disposto a negociar, desde que em igualdade de condições:

— Esse homem aqui [Alckmin], aquele homem ali que é o Haddad, aquele ali que é o Mauro Vieira, estão 24 horas por dia à disposição de negociar com quem quer que seja o assunto que for, sobretudo na questão comercial. Estamos dispostos a sentar na mesa em igualdade de condições. O que não estamos dispostos é sermos tratados como se fôssemos subalternos. Isso nós não aceitamos de ninguém.

Lula ainda orientou seus ministros a destacaram a defesa da soberania do país em declarações públicas e entrevistas.

— Se a gente gostasse de imperador, a gente não tinha acabado com o Império — afirmou.

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