Juliana Garcia, a mulher que foi agredida pelo então namorado com 61 socos em um elevador em Ponta Negra, Natal, foi ao Encontro com Patrícia Poeta, da TV Globo, nesta quinta-feira (28). No programa, ela falou sobre o processo de cicatrização, as ameaças que recebe na internet e um estado pós-traumático. As informações são do gshow.
Continua depois da publicidade
Um mês após o ataque, Juliana relatou como está sendo o processo de recuperação.
— Ainda estou no processo de cicatrização. Eu fiz a cirurgia tem menos de um mês, é muito recente e as coisas ainda estão se ajustando. Foi uma cirurgia de reconstrução facial, é uma cirurgia muito grande, então ainda estou com algumas dificuldades. Devido à agressão, estou com a respiração comprometida e vou precisar fazer outra — contou, ao vivo.
Este processo de reabilitação, segundo Juliana, conta com atendimento de diversos profissionais. Ela relata que faz consulta uma vez por semana com a equipe que fez a cirurgia de reconstrução facial nela após a agressão. Além disso, tem acompanhamento psicológico, psiquiátrico e com fisioterapeuta, também uma vez por semana.
Veja as fotos do caso
Continua depois da publicidade
Depois da agressão que repercutiu no país inteiro, Juliana começou a participar de fóruns e falar nas redes sociais sobre os direitos das mulheres.
— Eu tenho usado minha exposição para conscientizar as mulheres, para elas não ficarem em lugares que elas não estão sendo bem tratadas. O meu caso começou com violência psicológica, com ele tentando me convencer que eu não merecia amor, me desmerecendo fisicamente também, dizendo que eu não eu era bonita — compartilhou.
Juliana ainda relembrou que, antes do ataque, o namorado a ameaçou:
— A palavra dele antes de começar a me agredir foi que eu ia morrer. Ele me avisou que ia me matar. Foi uma tentativa de feminicídio.
Ao vivo com a apresentadora Patrícia Poeta, Juliana disse que tudo começou por uma crise de ciúmes do então namorado, que imaginava que ela tinha conversas “comprometedoras” com outra pessoa no celular. Mesmo depois de conferir o aparelho telefônico, ele partiu para cima dela.
Continua depois da publicidade
— Hoje eu tenho alguns comportamentos que eu não tinha antes. De estar em estado de vigília. É um estado pós-traumático, que era esperado [após as agressões]. E eu recebi ameaças na internet. Isso me deixou muito angustiada — revelou ela.
O ex-jogador de basquete, Igor Eduardo Pereira Cabral, foi preso em flagrante, e teve a detenção transformada em prisão preventiva após passar por audiência de custódia. Ele é réu por tentativa de feminicídio, e aguarda o julgamento.
*Sob supervisão de Giovanna Pacheco
Leia também
Juíza cobra resposta urgente de empresário que matou gari: “Tumulto processual”
Cerca de R$ 8 milhões são bloqueados em operação contra fraudes de licitações em SC
Foragido por estupro é preso após se esconder na casa da namorada em São Francisco do Sul




