Na jornada para uma vida financeira mais equilibrada, quando conseguimos juntar recursos para uma reserva de emergência e depois para investir, já é um grande passo. Apesar de o número de investidores na bolsa do país ter aumentado de forma significativa nos últimos anos, segundo dados da B3, ainda está muito aquém da população brasileira – impactos diretos da falta de educação financeira, entre outros fatores. Mas, de positivo, temos um crescente número de pessoas procurando novas formas de investir e rentabilizar as finanças.
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Dado o primeiro passo, começar, mesmo que com valores pequenos, algumas estratégias podem diminuir riscos e a principal delas é a diversificação. Já ouviu o “não deixar todos os ovos na mesma cesta?”. É exatamente assim que funciona.
Qual a importância da diversificação?
Segundo Ludmila Marques, Planejadora financeira CFP® da Warren, a diversificação é uma estratégia que vai trazer mais equilíbrio para a carteira do investidor. Tudo isso, é claro, conforme o perfil de risco de cada um – do mais conservador e avesso a riscos ao mais arrojado, que tolera maiores oscilações. Mas, mesmo em um perfil conservador, pode haver espaço para parcelas pequenas de ativos com risco – o importante é equilibrar. Se o investidor tem 90% dos ativos em renda fixa e 10% em variável, ele não deixa de ser conservador por essa parcela.
— Não existe uma única estratégia que vai ser eficiente para um perfil do investidor. Até para quem é conservador, existe diversificação dentro do setor de renda fixa. Os cenários alteram bastante e isso reforça a importância da diversificação. No ano passado, por exemplo, a gente tinha no Brasil juros muito mais baixos e nesse ano temos juros de 10,75%. Então precisamos ajustar as carteiras para os diferentes cenários — explica a especialista.
Um dos exemplos é o próprio investidor de renda fixa. Títulos podem ser pré ou pós-fixados, com taxas de retorno definidas anteriormente ou que podem acompanhar um indicador. O investidor poderia ter comprado um título que paga 6% com Selic (a taxa de juros básica da economia) a 2% e ter achado um ótimo negócio. No entanto, a inflação e a Selic passam hoje de 10% e o investidor que aportou dessa forma perde poder de compra. Nesse caso, uma parte do portfólio em ativos Selic + valor definido ou IPCA + percentual ajudaria a navegar melhor a mudança de cenário. Como não podemos sempre adivinhar o futuro, aí entra a estratégia de diversificação.
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O mesmo vale para o perfil arrojado. O investidor pode ter feito o dever de casa, comprando ativos de setores diferentes, estudando os melhores cases, mas se apostou todas as fichas no Brasil no ano passado, provavelmente teve dor de cabeça. O Ibovespa, por exemplo, fechou o ano negativo em 11,92%. Já o S&P 500 subiu 26.89% no mesmo período. Em 2022, o Ibovespa já viu um alto fluxo de capital estrangeiro, enquanto a bolsa americana vem enfrentando desafios, principalmente as Big Techs, com uma preocupação referente ao aumento de juros do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, que leva a uma queda no apetite ao risco do investidor por lá.
Quais são as diferentes formas de diversificar os investimentos?
A diversificação ocorre ao alocar os recursos em diferentes classes de ativos, dependendo do perfil do investidor. Não existem somente títulos de tesouro e ações para investir. É possível investir em índices, fundos de índices, Fundos de Investimento Imobiliários (FIIs), fundos de renda fixa, fundos de renda variável, fundos multimercado, cambiais, setoriais, entre outros.
— Imaginando o investidor que tenha perfil dentro da renda variável, além da renda fixa, diversificar funciona não somente no tipo do ativo, mas em classes nacionais de ativos. Se a pessoa investe tudo no mesmo setor (setor de varejo, por exemplo), por mais que tenha diversificado em renda fixa ou variável, está totalmente exposta a um único segmento em sua parcela de renda variável — destaca Ludmila.
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Por exemplo, no ano passado, tivemos uma grande crise hídrica, com impactos até o momento (como na nossa conta de luz, que ficou mais cara). As companhias elétricas, principalmente as geradoras de energia, sofreram mais do que o normal. Por mais que seja um setor perene, com alto nível de pagamentos de dividendos, ficar exposto a apenas um setor não é um bom negócio. No entanto, consulte um especialista, leia e se informe sobre o assunto, para também não se expor a ativos ruins apenas para diversificar o portfólio.
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Diversificar no exterior é importante
2022 pode ser um ano de volatilidade no mercado brasileiro devido às eleições, da mesma forma como ocorreu em outros pleitos. Por isso, o investidor deve ficar ainda mais atento. O cenário doméstico conturbado, com juros e inflação nas alturas, também devem ser pesados na hora de investir.
— Ter investimentos no exterior traz um equilíbrio da carteira. Pode ser com valorização tanto na moeda quanto dos ativos escolhidos — detalha a especialista.
Embora muitos investidores façam questão de investir diretamente no exterior por meio de ações estrangeiras e BDRs,a diversificação em outros territórios pode ser muito mais simples, por meio do investimento em fundos de gestoras brasileiras que expõem o patrimônio do investidor aos mercados estrangeiros.
Pensando em renda variável, o foco, para Marques, deve ser o longo prazo, para que o investidor não fique frustrado. Um exemplo foi o ano de 2020, quando o investidor que aportou recursos e retirou os valores investidos quando percebeu a volatilidade, saiu no prejuízo. Mas basta olhar o gráfico da série histórica do Ibovespa e de tantos outros índices para ver a tendência de crescimento no longo prazo.
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Escolha ativos que não são correlacionados
Pode parecer uma palavra difícil, mas a correlação quer dizer que, quando um ativo sobe, outro tende a subir, e vice-versa. Ativos do mesmo segmento possuem maior correlação do que de setores distintos. Ativos da mesma bolsa possuem maior correlação do que ativos de uma bolsa estrangeira. Assim, quando um performar mal, ativos com baixa correlação podem apresentar desempenho diferente.
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Uma das formas de diversificar é escolher fundos, como mencionamos já anteriormente.
— Na diversificação por fundos, há uma série de benefícios, pois há um gestor e toda uma estrutura para fazer análise de empresas e de setores para a tomada de decisão. Por meio deles, há excelentes estratégias. Isso porque a análise exige tempo e dedicação — comenta a especialista em finanças.
Os fundos da Warren, por exemplo, possuem taxa de administração zerada. Estão disponíveis no mercado fundos cambiais, de renda fixa, no mercado externo, fundos da área de games, fundos de criptomoedas, de empresas ESG, entre muitos outros.
Atento a esses detalhes, quem prefere dedicar o tempo a outros assuntos pode sempre consultar um especialista. Investir é simples e qualquer pessoa pode começar, mesmo que não tenha muitas fontes de renda. Na Warren, é possível começar a investir com R$ 30, e já contar com uma estratégia inteligente para o seu patrimônio por meio da criação de carteiras administradas. Saiba tudo sobre elas clicando aqui e visitando o site da Warren.
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