Manifestantes se reuniram durante a manhã e a tarde deste sábado (4) em diferentes regiões de Florianópolis para protestar contra a falta de energia elétrica. Ao menos 5 mil usuários seguem sem luz há quatro dias. Os moradores questionam a Celesc pela demora no restabelecimento da energia que deixou 1,5 milhão de usuários sem fornecimento após o ciclone bomba que atingiu o Estado na última terça-feira (30).
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Durante o ato que ocorreu na Avenida Mauro Ramos, próximo à entrada da Rua Major Costa, em Florianópolis, a comunidade reclamou da demora das Centrais Elétricas de Santa Catarina em resolver o problema, e alegaram que precisam jogar comida fora por conta da falta de luz. O Procon da Capital, inclusive, chegou a notificar a Celesc pela lentidão.
Durante a tarde, a rua principal do bairro Cachoeira do Bom Jesus, no Norte da Ilha de SC foi bloqueada. Moradores da rua Francisca Maria Ferreira queimaram objetos pra impedir a passagem de veículos.
Já por volta das 17h, moradores do Ribeirão, no Sul da Ilha, trancaram a rodovia Baldicero Filomeno, continuação da SC-405. A estrada geral ficou bloqueada por mais de 1h30 min, enquanto durou o protesto. Segundo relato de moradores, um profissional esteve na comunidade durante o dia, mas sofreu um choque e precisou de atendimento médico. Ninguém foi enviado para concluir o serviço, o que provocou o manifesto.
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Os protestos também foram registrados em Palhoça, na Grande Florianópolis. Houve barricadas na rua Frei Damião durante a tarde. No município, segundo site da Celesc, ao menos 900 usuários continuam sem fornecimento de energia.
Conforme a companhia, cerca de 93 mil unidades consumidoras ainda estavam sem abastecimento de energia neste sábado. Dessas, mais de 10 mil estão em Florianópolis. Na Capital, as áreas que mais sofrem com o problema são a Lagoa da Conceição (2.654 unidades sem luz), Barra da Lagoa (2.240), Ingleses (728), Campeche (646), Córrego Grande (636), Rio Vermelho (614) e Jurerê Internacional (539).
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O restabelecimento total de energia em Florianópolis, porém, só ocorrerá no domingo, conforme a Celesc. No dia seguinte a passagem do ciclone, a empresa chegou a estabelecer prazo de 72 horas para reestabelecer o fornecimento de luz no Estado. Até o início da noite deste sábado, 97,49% da rede já havia voltado ao normal em SC. Proporcionalmente, as cidades de Porto União e Garuva — com 86% e 70% das unidades sem luz, respectivamente — são as que mais tiveram impacto no Estado.