A visita do presidente Jair Bolsonaro a Santa Catarina, cinco dias depois de um ciclone bomba ter provocado prejuízos e mortes, foi rápida e teve poucos efeitos práticos, frustrando as expectativas. O sobrevoo esperado de duas horas ficou em 30 minutos e o presidente não anunciou os recursos aguardados pelas autoridades. Dos 185 municípios atingidos, ele sobrevoou apenas dois.
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Ao chegar ao Estado na manhã deste sábado, às 8h20min, o presidente conversou rapidamente com lideranças políticas no aeroporto e, em seguida, entrou no helicóptero. Às 10h25min já estava embarcando de volta para a capital federal.
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A pressa tinha um motivo: o presidente estava com um almoço marcado, em Brasília, com o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Todd Chapman, em comemoração ao 4 de julho, dia da Independência dos EUA.
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Em Florianópolis, o presidente optou por falar apenas com um veículo de imprensa e não conversou com os demais jornalistas que o aguardavam, surpreendendo deputados e senadores que iriam participar também da entrevista coletiva. Líderes políticos locais, no entanto, reconhecem o gesto político do presidente:
– Reconhecemos a importância da visita do presidente. Que essa preocupação se transforme em agilidade na liberação de recursos – disse à coluna o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro.
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O secretário Nacional de Defesa Civil, Alexandre Lucas Alves, permanece em Santa Catarina, auxiliando no levantamento das perdas.
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