Estivéssemos vivendo sob o bom e velho “normal”, as imagens das baladas lotadas no Litoral seriam apenas o retrato do que se espera um verão em Santa Catarina: diversão para os turistas e faturamento para o setor de eventos. Mas, em meio à explosão de casos de síndrome respiratória no Estado, com um novo surto de Covid-19 possivelmente impulsionado pela variante ômicron, as aglomerações nas casas noturnas são um contrassenso.

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Imagens de um clube em Florianópolis, nesta madrugada, mostram um show com muitos jovens e nenhum protocolo visível. O uso de máscara em ambiente fechado, que é obrigatório, foi desprezado. No vídeo, que circula no Instagram, apenas uma pessoa aparece com uma máscara branca no rosto, no canto da tela.

A Secretaria de Saúde da Capital recebeu várias denúncias e informou que vai notificar a casa, como fez recentemente com os responsáveis pelo show do cantor Gusttavo Lima, que ocorreu antes da virada de ano. Em entrevista ao Bom Dia SC, nesta semana, o secretário Carlos Alberto Justo da Silva disse que a produção do show sertanejo seria multada justamente por falta de controle do uso de máscaras.

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O fato é que protocolos como máscara ou distanciamento social não combinam com baladas. Essa é a principal dificuldade em manter o setor ativo no momento em que o Estado vive um novo repique de casos de Covid-19, e a Capital registra filas de espera nos pronto-atendimentos. 

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A equação não é simples, já que as empresas da área estão entre as que mais sentiram os efeitos da pandemia e há pressão sobre o poder público para que possam manter as atividades. Mas as imagens das aglomerações deixam claro que o ambiente é de alto risco para contaminação, enquanto a rede de saúde não tem segurado a demanda.

O grande número de casos que Santa Catarina registrou neste início de janeiro – são mais de 11 mil casos ativos, um crescimento de 156,54% em apenas uma semana – exige um novo olhar sobre regras e protocolos. Os eventos estão liberados pelo Estado, que não dá sinais de que adotará restrições abrangentes. A ideia é que cada município defina os próprios limites e, se por um lado isso adapta as normas à realidade de cada cidade, por outro torna mais difícil impor medidas mais drásticas.

A coluna apurou que a tendência é que municípios da Grande Florianópolis adotem um novo protocolo conjunto, com ajustes, para tentar reduzir danos. As imagens que saem das baladas, no entanto, levantam dúvida se, neste momento, é possível e responsável mantê-las ativas.

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