Documento ao qual a coluna teve acesso mostra que o contrato de aluguel do imóvel onde funciona a Universidade Corporativa da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Florianópolis é de R$ 266.875,87 por mês. Anualmente, são mais de R$ 3,1 milhões pela área de 82 mil metros quadrados, que fica à margem da SC-401, no Norte da Ilha.

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O contrato foi firmado com dispensa de licitação, numa negociação que passou pelo polêmico ex-diretor geral da corporação no governo Bolsonaro, Silvinei Vasques, que virou réu por suposto favorecimento da campanha do ex-presidente no ano passado. A instalação da universidade em Florianópolis foi articulada por ele entre 2013 e 2014, quando respondia pela superintendência estadual da PRF em Santa Catarina.

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A universidade corporativa informou que o contrato sem licitação ocorreu porque o imóvel precisava de características específicas, como um número mínimo de salas de aula e pista de treinamento. O período de contrato regular terminou no início de fevereiro e, atualmente, está em vigor um contrato temporário, válido por até um ano, que é renovado mês a mês.

Veja o valor do contrato anual de aluguel:

Aquisição

A PRF chegou a cogitar a aquisição da área da Universidade Corporativa. Em 2021, a própria corporação noticiou uma reunião entre Vasques – então diretor geral – e o ex-superintendente estadual, André Saul, para tratar sobre o assunto. Na época, avaliou-se a hipótese de “trocar” três áreas da União, de interesse do proprietário do imóvel, pela sede da universidade. As tratativas, no entanto, não foram adiante.

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O alto custo de manutenção da universidade corporativa na Capital é um dos motivos analisados pela comissão que avalia a possibilidade de transferência da unidade, de Florianópolis para Brasília. O governo Lula também considera que a instalação da universidade no Distrito Federal facilitaria o acesso de policiais de todas as regiões do país à instituição. Mas há um fator político, ligado às suspeitas de instrumentalização da Polícia Rodoviária Federal pelo governo passado.

Em nota, a PRF informou que “em conjunto com a equipe de transição da UniPRF, tem estudado todas as possibilidades, buscando aliar economia de recursos públicos à melhor prestação possível dos serviços”. A instituição informou que nos últimos anos sediou 55 cursos, entre formação e capacitação de policiais rodoviários federais, servidores públicos municipais, estaduais e federais. Passaram pela instituição mais de 8 mil pessoas.

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