Desde que surgiu a crise do tarifaço dos Estados Unidos ao Brasil se espera uma tentativa de negociação a partir de conversa entre os presidentes dos dois países, mas o governo brasileiro tem postergado isso. Lula, por enquanto, não considera necessário, mas o setor produtivo aguarda por isso.  

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O vice-presidente Geraldo Alckmin, que foi nomeado negociador oficial do Brasil, questionado em entrevista para a CNN sobre isso nesta segunda-feira (01), afirmou que o presidente Lula “tem declarado que é do diálogo e da negociação”. Mas uma ligação dessas precisas ser preparada, embora talvez chegue logo o momento, disse ele.

O senador Esperidião Amin (PP-SC) é uma das lideranças do país que mais cobram essa negociação. Ele tem argumentado que essa é uma função do presidente da república, embora nem todas funções de presidente sejam agradáveis.

– Está na página 114 do livro Ciência e Política do Max Weber. Existe uma coisa chamada ética da responsabilidade. A ética da responsabilidade manda que você se exponha pela causa daqueles que colocaram você naquele lugar. E o presidente Lula não está cumprindo isso. É uma obrigação indeclinável – afirma o senador catarinense.

O presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Gilberto Seleme, tem defendido essa negociação de presidente para presidente. O ex-presidente da Fiesc e ex-vice-presidente da CNI, Glauco José Côrte, também defende isso.

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Mas a defesa dessa função diplomática presidencial não se restringe à indústria e à política. O mercado financeiro também pensa assim. Em entrevista para a coluna no Startup Summit, o empresário Tito Gusmão, fundador e CEO da Warren, empresa de investimentos, também defendeu essa conversa entre Lula e Trump.

– Presidentes de vários países foram a Washington negociar com Donald Trump. Então, Lula tem que ir lá, sentar-se na mesa. Ele sempre falou que é um negociador. Por que ele não pega o avião, vai lá, se senta na mesa com o Trump e negocia? São dois habilidosos na comunicação – comenta Tito Gusmão.

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