A americana Corteva Agriscience, uma das líderes mundiais em sementes e insumos para a agricultura, concluiu rodada Série A de investimentos na empresa de biotecnologia Symbiomics, de Florianópolis, uma das empresas que têm investimenots da holding Vesper Biotechnologies. A companhia dos EUA, por meio do seu novo braço de investimentos, a Corteva Catalyst, optou por aporte na deeptech de SC com com soluções inéditas que podem revolucionar a produção agrícola, em especial o milho.
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– O primeiro investimento da Corteva no Brasil não foi no Mato Grosso, não foi em outros estados com elevada produção agrícola. Foi na ilha de Santa Catarina. Eu acho que conseguimos desenvolver aqui tecnologia para grandes fazendas no Brasil inteiro. Isso porque o futuro da fazenda, o futuro da produtividade agrícola está na tecnologia, está em engenharia genética, está em inteligência artificial, está em bioinformática – destaca Gabriel Bottos, CEO da Vesper Biotechnologies.
Veja imagens sobre a sede da Vesper Technologies, em um dos centros de inovação de Florianópolis:
O empresário foi palestrante em um dos painéis do Startup Summint, sexta-feira à tarde, sobre deeptechs e falou com a coluna depois. Segundo ele, essa rodada com a Corteva foi finalizada em junho e a empresa prefere não revelar o valor investido.
– A Vesper é uma “venture builder” (holding de um grupo de startups). Nós temos, hoje, oito empresas no portfólio, que vão desde diagnóstico molecular, agricultura e saúde humana. Temos, atualmente, mais ou menos 60 PhDs trabalhando nessas empresas, mais de 16 patentes internacionais, todas já registradas direto nos Estados Unidos e temos mais de 30 produtos de desenvolvimento. Estamos investindo mais de US$ 30 milhões de dólares nesse portfólio – destaca Gabriel Bottos.
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Segundo ele, esse montante de US$ 30 milhões de investimentos pode parecer pouco no mercado internacional, mas no Brasil é possível fazer muita pesquisa com valor entre R$ 150 milhões e R$ 180 milhões.
Sobre a Symbiomics, investida pela Corteva, o empresário explica que ela faz microrganismos da próxima geração. Desenvolve fungos e bactérias que substituem ou reduzem drasticamente a necessidade de fertilizantes químicos. Vai ajudar, por exemplo, no uso menor de fósforo, fixação de nitrogênio, aumentando a resistências das plantas à seca. Também desenvolve fungicidas que são bons para o meio ambiente. As pesquisas são para transformar a agricultura em mais sustentável, para produzir mais com menos.
– Na área da saúde, pesquisamos para buscar soluções a doenças que hoje não têm tratamento. Que são sentenças de morte. Falo de tumor cerebral, vários outros tipos de câncer, doenças autoimunes, demências, doenças relacionadas à idade, que são uma bomba relógio hoje no mundo. Se a gente não resolver isso, em breve vamos ter muito mais pessoas idosas e essas doenças vão colapsar o sistema de saúde. Então, nós, como humanidade, vamos ter que resolver isso de um jeito ou de outro. Por isso, somos uma empresa brasileira focada em desafios globais – destaca o CEO da Vesper Technologies.
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