A decisão dos senadores dos Estados Unidos na noite desta terça-feira de considerar ilegal a taxação de 50% a produtos do Brasil adotada pelo presidente Donald Trump não deve avançar na Câmara do país por articulações já encaminhadas, mas mostra que o presidente não estava certo nessa decisão adotada. Para a Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), essa é mais uma medida que colabora para a aprovação de acordo em negociação entre os governos do Brasil e dos EUA para encerrar essa sobretaxa a produtos brasileiros.
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A proposta para revogar a taxação ao Brasil foi apresentada pelo senador democrata Tim Kaine, do estado da Virgínia. Ela foi aprovada com 52 votos a favor e 48 contra porque cinco senadores republicanos não seguiram orientação do governo Trump e votaram contra a taxa extra. O Senado contesta o uso de razões emergenciais para adotar tarifas comerciais a outros países.
– O Senado mostra que Trump estava errado ao taxar o Brasil. Mas essa decisão do legislativo não deve avançar agora e o presidente americano tem outros mecanismos para seguir com as taxas. Porém, nós temos esperança de que a tarifa de 50% vai cair com o acordo que está sendo negociado pelas áreas técnicas do Brasil e dos EUA. Vamos ter um bom ano em 2026 – afirmou o presidente da Fiesc, Gilberto Seleme, ao comentar a decisão do Senado americano.
O industrial está confiante de que a negociação entre os dois governos vai avançar, mas reafirmou que é importante o Brasil priorizar a parte econômica, a parte técnica, para proteger as indústrias e os empregos no Brasil.
Para a presidente da Câmara de Comércio Exterior da Fiesc, Maria Teresa Bustamante, essa decisão do Senado americano é simbólica. Isso porque mesmo se aprovada pelo Congresso – tem que ser aprovada também pela Câmara- o presidente Trump ainda pode recorrer ao judiciário para manter a medida, se quiser.
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– Mas é importante porque, mesmo simbólica, ela se soma à decisão já tomada pelo Tribunal de Apelações dos EUA que reconheceu que a emergência econômica que Trump utiliza como justificativa para aplicar as tarifas recíprocas não encontra amparo legal – comentou a presidente da Câmara de Comércio Exterior da Fiesc, Maria Teresa Bustamante.
A maioria das empresas catarinenses que exporta aos Estados Unidos está fazendo ajustes para seguir produzindo enquanto espera o acordo entre o governos dos dois países ainda para este ano.
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