Durante seminário internacional realizado pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) na tarde desta quinta-feira (11), o especialista em negócios e finanças Júlio Damião, presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef-MG) destacou que entre os desafios para ampliar exportações estão a maior concorrência chinesa e o tarifaço. No caso do avanço das indústrias chinesas, uma alternativa já adotada por alguns grupos é não brigar, mas fazer parceria estratégica.
Continua depois da publicidade
O tema central do seminário foi análise dos cenários econômicos e financeiros no Brasil e no mundo e seus impactos. Além da palestra de Júlio Damião, o evento, também com transmissão online, teve debate com as participações da presidente da Câmara de Comércio Exterior da Fiesc, Maria Teresa Bustamante, e do economista-chefe da federação, Pablo Bittencourt.
– O mundo está muito mais conectado, o mercado internacional está muito mais forte, no ano que vem a China virá muito mais forte, porque ela tem um caminhão de robôs na fábrica dela trabalhando 24 horas, 365 dias por ano. Isso quer dizer que ela vai ter muito mais produtividade e isso quer dizer que hoje os produtos da China estão caros. Então a primeira coisa antes de querer brigar com a China é entender qual ponto de sinergia e qual ponto de oportunidade existem com eles – afirmou Júlio Damião.
Ele alertou que o grande desafio é fazer uma análise das condições de competitividade. Ver se os chineses têm alguns fornecedores que podem mudar o custo de produção por meio da transferência de tecnologia e de matéria-prima mais barata.
O especialista também falou sobre efeitos do tarifaço e de como algumas empresas estão olhando esse cenário esperando um acordo para redução dessas taxas.
Continua depois da publicidade
– Muitas empresas estão esperando algum posicionamento ou resolução de tarifas ou outros pontos através de ações governamentais. Nada contra isso, mas a gente está pensando que o mundo é muito rápido e essas decisões podem não vir no tempo certo – alertou ele.
O conselho de Júlio Damião para empresas com potencial de exportação é ir ao mercado e diversificar o máximo, a exemplo do que fazem as grandes empresas brasileiras como a WEG, Embraer e JBS.
Leia também
Fundo da gigante do aço investe em empresa de software para engenharia de SC
Floripa Airport Cargo alcança marca de 800 pousos cargueiros
Fiesc diz que diversidade puxa alta da indústria e vê cenário positivo para 2026
Estudo mostra desafios do ecossistema de startups de Florianópolis para dar salto global
Governo de SC lança cursos de tecnologia e IA com 155 mil vagas gratuitas
Projeto em Florianópolis fortalece a educação e duas áreas do turismo, diz governador
Com tecnologia inédita em SC, Festival de Luzes vai celebrar os 70 anos da Celesc

