A cada quatro anos, a Federação das Associações Empresariais (Facisc) ouve empresários de todo o estado sobre demandas para o desenvolvimento econômico e divulga lista de prioridades no documento Voz Única. Normalmente, o lançamento da publicação acontece meses antes da eleição majoritária, para o governo do estado e presidência da república. Nesta quinta-feira, a entidade lançou o Voz Única para 2026 em reunião com o governador Jorginho Mello e secretários de estado.
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Apesar de ter realizado diversos investimentos em infraestrutura no seu governo até agora, Jorginho foi informado que esse tema vai predominar de novo no próximo documento Voz Única. Isso porque essa ainda “é a maior dor” dos catarinenses, principalmente do setor produtivo, informou uma fonte que acompanhou a reunião.
A propósito, a elevada demanda por melhor infraestrutura é motivo para os gestores públicos planejarem mais investimentos privados nessa área, mesmo com a possibilidade de pagamento de pedágio.
O governador esteve na reunião acompanhado dos secretários Cleverson Siewert, da Fazenda, e Beto Martins, de Portos, Aeroportos e Ferrovias, além de outros executivos.
A Facisc antecipou com será o Voz Única de 2026. Informou que haverá redução de 10 para 8 eixos prioritários. Serão 72 pleitos regionais, seis pleitos estaduais de defesa coletiva e a criação de uma plataforma digital para monitoramento em tempo real.
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Além da infraestrutura, a entidade destaca na publicação Voz Única prioridades nas áreas de saúde, educação, habitação, agronegócio, segurança e outras.
Qualidade da educação
No caso da educação, o setor produtivo está cobrando melhor aprendizado aos estudantes do ensino fundamental e médio, tanto municipal quanto estadual. O baixo aprendizado impacta diretamente na produtividade das empresas e isso limita o desenvolvimento econômico.
Um estudo inédito realizado pela Facisc junto a 17 municípios do Vale do Itajaí apresentou resultados considerados preocupantes. A pesquisa apurou resultado positivo nos anos iniciais, mas preocupante para os anos finais.
Enquanto a educação básica em Pomerode e Timbó, por exemplo, teve nota no IDEB superior a 6 nos anos iniciais, no ensino médio a nota ficou em apenas 4,0.
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– Formamos bem nossas crianças, mas perdemos qualidade justamente na fase em que os jovens se preparam para o mercado de trabalho e para a vida adulta. Esse abismo entre o ensino fundamental e médio compromete a competitividade da região e precisa ser enfrentado com urgência – disse o vice-presidente regional da Facisc, Rinaldo Araújo.
Esse quadro é semelhante em SC. Nas séries iniciais o aprendizado dos catarinenses está melhor, com nota maior no IDEB, perto de 6. Mas nas séries finais, o aprendizado tem nota mais baixa. No último levantamento, de 2023, o estado teve 4,2 de nota nessa etapa.
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