Para a Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) a sinalização de uma possível conversa entre Lula e Donald Trump, evidenciada no encontro entre os presidentes durante a Assembleia Geral da ONU, nesta terça-feira, é um avanço importante. Os dois presidentes tiveram um contato inesperado no intervalo entre o discurso do brasileiro e o do americano, que foi na sequência.
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-A possibilidade de um diálogo direto entre os presidentes Lula e Trump é uma notícia de extrema importância. Isso porque pode, finalmente, abrir as portas para avanços efetivos na questão das tarifas, que têm provocado impactos relevantes na competitividade dos produtos brasileiros nos Estados Unidos – destacou presidente da Fiesc, Gilberto Seleme.
A federação lembrou que a disponibilidade para iniciar negociações era o que o setor empresarial cobrava do governo brasileiro desde o início do chamado tarifaço.
– A notícia chega no momento em que mais empresas catarinenses estão se vendo obrigadas a realizar demissões motivadas pela queda nas vendas ao mercado norte-americano, especialmente nos segmentos de madeira e móveis. Esperamos que, a partir de agora, o diálogo seja exercido com objetividade e pragmatismo – disse Seleme.
A Fiesc ressalta que os Estados Unidos são o principal destino das exportações de SC e os segmentos de madeira e móveis são os mais impactados negativamente pelo tarifaço.
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De acordo com dados da entidade, 22,2% da produção do setor de madeira de SC tem como destino o mercado americano. No caso dos móveis, do total fabricado no estado, 12,1% são exportados aos EUA.
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